Conheça o Fusca limousine que já foi ao Oscar e vale mais que um Rolls-Royce
Projetado nos anos 1960 por John von Neumann, o carro popular foi transformado em uma limusine equipada com madeira nobre, frigobar e som
 
									Quando surgiu, o Volkswagen Fusca tinha como propósito ser um carro acessível, prático e confiável, carregava simplicidade em cada detalhe. Mas, décadas mais tarde, um exemplar único provou que até o mais modesto dos modelos pode se tornar símbolo de luxo e excentricidade.
O carro em questão, foi arrematado recentemente por 310 mil euros em um leilão da Sotheby’s, superou em valor até modelos da Rolls-Royce. O preço elevado não se deve apenas ao estado de conservação ou à exclusividade, mas principalmente à história de quem o idealizou e ao caminho que percorreu até se tornar realidade.
 
    A trajetória se inicia na Segunda Guerra Mundial, quando John von Neumann, ainda criança, deixou a Alemanha ao lado dos pais para fugir do fascismo, e se refugiou na Califórnia. Nos anos seguintes, com a Alemanha reconstruindo sua indústria e a Volkswagen expandindo sua presença pelo mundo, o Fusca ganhou popularidade fora da Europa.
E a cidade em que John estava refugiado era um lugar propício para o sucesso do modelo, e foi nesse cenário que ele, fluente em alemão e com bom trânsito no meio automotivo, tornou-se distribuidor oficial da marca na Costa Oeste e no Havaí.
 
    O sucesso na carreira o proporcionou a conseguir investir em competições e em carros de corrida, mas ele decidiu levar sua criatividade a outro nível: transformar o Fusca em uma limusine. Para dar forma à ideia, recorreu à Trautman-Barnes, tradicional empresa de carrocerias responsável por modelos icônicos como o Chaparral e o Scarab, ídolos do automobilismo norte-americano nos anos 1960.
O projeto era ousado: estender as linhas compactas do Fusca e equipá-lo como um carro de luxo. A execução, porém, ficou longe de improvisos. Com orçamento de até 30 mil euros (cerca de R$ 180 mil) — valor altíssimo para a época —, o carro recebeu acabamento refinado, com uso de madeira nobre, frigobar, toca-fitas Philips e sistema de som.
 
    O resultado foi um automóvel único: por fora, a silhueta inconfundível do carro popular; por dentro, um ambiente que remete ao luxo das grandes limusines. Um contraste que, ao mesmo tempo, desafiava a lógica do design e reforçava o caráter exclusivo da criação.
Décadas mais tarde, o carro ressurgiu no mercado colecionador. A disputa no leilão da Sotheby’s comprovou que, em certos casos, o valor de um automóvel não está nos cavalos de potência nem no emblema da grade, mas na singularidade da sua história.
 
    Assim, o Fusca que nasceu para democratizar a mobilidade terminou por alcançar um posto improvável: mais caro que um Rolls-Royce. Uma lembrança de que, no universo do automóvel, paixão e criatividade podem transformar até o símbolo máximo da simplicidade em uma raridade milionária.
 Acidente fatal em carro da Xiaomi gera polêmica sobre maçanetas
Acidente fatal em carro da Xiaomi gera polêmica sobre maçanetas Donos de BYD Song Plus pagam quase R$ 400 mais caro nas revisões de “preço fixo”
Donos de BYD Song Plus pagam quase R$ 400 mais caro nas revisões de “preço fixo” GWM Poer P500 é picape híbrida plug-in luxuosa que pode chegar em 2026
GWM Poer P500 é picape híbrida plug-in luxuosa que pode chegar em 2026 IPI Verde: por que o Golf GTI pode ficar mais caro e o Porsche 911, não
IPI Verde: por que o Golf GTI pode ficar mais caro e o Porsche 911, não Segredo: novo Peugeot 208 já tem data para chegar ao Brasil
Segredo: novo Peugeot 208 já tem data para chegar ao Brasil
 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										 
 										







 ACESSO LIVRE COM VIVO FIBRA
ACESSO LIVRE COM VIVO FIBRA