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Desatenção pode te dar multa em novo pedágio no Brasil; saiba como evitar

Pedágio ganha pela praticidade, mas é tão discreto que você pode estar fugindo dele sem pagar (e sem saber)

Por Eduardo Passos
3 jan 2024, 18h00
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  • Com as férias de verão rolando, é a hora de muitos turistas aproveitarem não apenas o destino final, mas também a viagem de ida e volta. Quem pega estradas às quais está pouco acostumado, entretanto, deve ficar atento ao pedágio do tipo free flow.

    Esse modelo de cobrança estreou no Brasil em 2023, e se destaca pela comodidade. Nele, a tradicional praça de pedágio dá lugar a um simples pórtico, igual ao que sustenta placas de sinalização. É uma praticidade, porém, que pode trazer pegadinhas.

    Por um lado, evita-se filas, já que o free flow não provoca nenhum tipo de retenção no tráfego. Ao contrário da cobrança manual, que exige a parada completa do veículo por algum tempo, e da cobrança automática, que necessita da redução da velocidade, o carro segue normalmente pela pista.

    Mas o novo sistema pode ser discreto até demais, e é fácil esquecer que você precisa pagar o pedágio para não ser multado.

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    Pórtico do free flow é discreto e acompanhado por placas que passam desapercebidas igualmente (CSG/Divulgação)
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    Essa questão veio ganhando as redes sociais nos últimos dias: turistas postaram vídeos nos quais mostram a pouca sinalização, tanto de que a cobrança está sendo feita quanto da forma de pagá-la. E a falta de atenção plena pode configurar evasão de pedágio, rendedo multa de R$ 195,23 e 5 pontos na carteira de habilitação.

    Como pagar o pedágio free flow?

    Se o leitor tem tags de pedágio eletônico, como Sem Parar, no para-brisa do carro, pode ficar tranquilo. Nesses casos, a cobrança é feita diretamente no meio de pagamento cadastrado, seja o cartão de crédito ou débito em conta, por exemplo.

    Mas, se esse não for o caso, todo cuidado é pouco: antes de pegar estrada, vale se informar acerca da existência do free flow ao longo da rota pretendida (veja abaixo). Os sites de concessionárias como CCS e CSG trazem a relação de rotas com o sistema.

    Free flow - Rio-Santos
    (CCR/Divulgação)
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    Se o condutor não conferiu previamente, ele deve se atentar justamente às placas instaladas no trecho de cobrança. Elas trazem o site que, após a viagem, deverá ser acessado. Lá, basta inserir a placa do carro e, eventualmente, alguns dados adicionais e o débito será exibido.

    A conta deve ser paga dentro de 15 dias úteis, a fim de evitar que ela se torna a multa por evasão de pedágio. Um problema evitado, claro, pelas tags, que também rendem descontos no pagamento que variam entre 5 e 70%.

    Avisos polêmicos

    Todavia, acontecem imprevistos como o vivido pelo editor de QUATRO RODAS Henrique Rodriguez. Nosso jornalista decidiu pegar uma estrada municipal em Pindamonhangaba (SP), a fim de fugir do trânsito na Via Dutra. Na estrada, apenas uma placa discreta informava a existência do free flow e o endereço na internet para o pagamento do débito. Pego de surpresa, não deu tempo de decorá-lo.

    “Tive que procurar o site no Google, inserir a placa do carro e ainda especificar o dia que passei ali. Afinal de contas, os sistemas de cobrança e registro não são integrados,” explicou Henrique.

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    Site de pagamento do nosso débito no free flow (Reprodução/Quatro Rodas)

    Atualmente, a tecnologia atua, por exemplo, no trecho entre Ubatuba (SP) e Rio de Janeiro (RJ) da BR-101 e em algumas rodovias estaduais do Rio Grande do Sul, além, claro, de trechos pontuais como do nosso caso.

    A cobrança vem ocorrendo em substituição às praças de pedágio convencionais, mas, em breve, haverá vários pórticos instalados para que o motorista pague um valor relativo à distância que ele percorreu na estrada.

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