Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Dez caminhões que fizeram história no Brasil

Eles ajudaram a construir o Brasil e fizeram história nas mãos dos caminhoneiros

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 ago 2022, 11h08 - Publicado em 2 mar 2017, 16h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Mercedes L-1113

    Mercedes L1113
    O Mercedes L1113 foi um dos caminhões mais vendidos do Brasil (Reprodução/Mercedes-Benz)

    Sucessor do igualmente popular 1111, o Mercedes L-1113 surgiu em 1969 com a mesma cabine, mas com motor mais moderno e potente – era um seis cilindros 5.7 de 147 cv e 41 mkgf de torque.

    Contudo, a principal bossa era sua cabine suspensa por molas e dois amortecedores de dupla ação, conforto que nenhum outro modelo tinha até então. 

    Confiável e de manutenção barata, o 1113 se tornou tão popular que foi apelidado de “Fusca das estradas”.

    Pudera: foram cerca de 200 mil unidades vendidas até 1987, sem contar as variações 1313, 1513 e 2013 com maior capacidade e tração e de carga. Estima-se que mais de 170 mil deles ainda estejam circulando pelo Brasil. 

    Scania L111

    Scania 111
    O Scania 111 era dos cavalos mecânicos mais fortes de seu tempo. Ainda hoje pode ser encontrado com facilidade no transporte de contêineres (Divulgação)
    Continua após a publicidade

    Lançado no Brasil em 1976, o Scania L111 sucedeu os L75 (de 1959) e L76 (1963).

    Todos eles receberam o apelido “Jacaré”, mas foi o L111, lançado em 1976, o mais bem-sucedido deles e também o que teve produção em maior escala, sem deixar de lado a cor laranja característica estreada pelo L76.

    Boa parte dos L111 recebeu o motor DS11, um seis cilindros de 11 litros com turbo que entregava 296 cv a 2.200 rpm e 111 mkgf de torque a 1.400 rpm, com transmissão de 10 marchas e duas gamas.

    A produção durou até 1981, mas a robustez e a simplicidade mecânica deste caminhão de origem sueca permitem que eles sejam vistos aos montes cruzando estradas brasileiras, sempre tracionando cargas pesadas.

    Chevrolet C6500

    Chevrolet 6500
    O Chevrolet 6500 deu origem à picape Brasil (Reprodução/ Brunelli Veículos)
    Continua após a publicidade

    C6500 é o “nome científico” do popular Chevrolet Brasil. Levou este apelido por ter sido o primeiro caminhão da Chevrolet fabricado no Brasil, em São Caetano do Sul (SP).

    A produção começou em 1958 com cabine baseada na picape americana “Advance Design”, mas com frente da “Task Force”.

    O motor era um Jobmaster seis cilindros 4.3 a gasolina de 142 cv a 4.000 e 32 mkgf a 2.400 rpm, com câmbio de três marchas.

    A versão 3100, considerada picape, deu origem a outros modelos: o Alvorada tinha cabine dupla, enquanto a Amazona era a versão fechada de passageiros e o Corisco era seu furgão. A produção deles durou até 1964, quando foram substituídos pela linha C-10.

    Mercedes L-1620

    Mercedes L-1620
    (Divulgação)
    Continua após a publicidade

    Lançado em 1996, o Mercedes L-1620 é considerado sucessor direto do L-1113, tanto pela capacidade de carga quanto pelo sucesso que teve no mercado. Foi campeão de vendas no Brasil por seis anos.

    O motor é um 6 cilindros turbocooler de 211 cavalos de potência e torque de 71 mkgf entre 1200 e 1900 rpm.

    O modelo foi descontinuado em 2012, sendo substituído pelo Atron 2324, que por sua vez foi descontinuado no final de 2016.

    A cabine bicuda continuou viva apenas no Atron 1635, um cavalo mecânico com motor de seis cilindros que gera 345 cv e 147,9 mkgf.

    Volvo Titan L935

    volvo-l395-titan
    Importados nos anos 50, os Volvo Titan são raridade nos dias de hoje (Reprodução/Volvo)
    Continua após a publicidade

    Os veículos da Volvo chegaram ao Brasil em 1934. Além de automóveis, vieram ônibus, tratores e caminhões, que lidavam bem com as primitivas estradas brasileiras.

    Mas os famosos L385 “Viking” e L395 “Titan” só chegaram nos anos 50. Também conhecido pelo nada modesto apelido de “Super Volvo” o Titan tinha motor seis cilindros 9.6 diesel de 150 cv, bastante força para a época.

    Ford F-Series

    Ford F-8500
    O Ford F-8500 era o cavalo mecânico mais forte da Ford em seu tempo (Reprodução)

    Em 1971 a quinta geração da Ford Série F estava saindo de linha nos Estados Unidos. Foi o ensejo para importar o ferramental e fabricá-la no Brasil.

    Era considerada terceira geração por aqui, onde marcaria o retorno da Ford às estradas. Ali nasceria uma família com diversas variações de chassi e capacidade de carga.

    Continua após a publicidade

    O F-8500, maior cavalo mecânico da família, chegaria em 1977 para acabar com o hiato da Ford no segmento, que durou quase 10 anos.

    Seu motor era um Detroit (sim, um GM) V6 5.2 de 202 cv a 2.600 rpm e 61 mkgf a 1.800 rpm, números excelentes que só eram conseguidos pelo fato deste motor ser dois tempos.

    Os grandes caminhões da Série F ganhariam mais uma geração e algumas reestilizações até seu fim, em 2005. Hoje, são representados pelos F-350 e F-4000. 

    FNM  D-11.000

    FNM D-11.000
    FNM D-11.000 usado pela própria fábrica na distribuição de peças (Divulgação)

    FNM (ou FêNêMê) é a sigla para a Fábrica Nacional de Motores, estatal que foi a primeira fabricante de caminhões do Brasil.

    A fábrica de Xerém (distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro) chegou a fica um ano parada por causa da má situação financeira da Isotta Fraschini, que lhe fornecia as peças para o D-7.300.

    Sem poder contar com a Isotta, encontraram outra fabricante de caminhões italianos, a Alfa-Romeo! 

    Não havia “cuore sportivo” nos cara chata da FNM derivados dos Alfa Romeo. O primeiro foi o D-9.500, mas quem se destacou na histótia foi o D-11.000, lançado em 1958.

    Caminhão pesado da empresa, tinha motor seis cilindros todo de alumínio de 150 cv. Logo veio o apelido “Barriga D’água”, culpa do vazamento de água no bloco em cerca de 30% dos veículos vendidos no primeiro ano.

    A FNM trocou gratuitamente todos os motores afetados naquele que pode ter sido o primeiro recall do Brasil.

    O detalhe mais curioso do D-11.000, porém, era o cruzamento de marchas. Para cada uma das quatro marchas à frente, havia uma reduzida controlada em uma alavanca extra no painel.

    Em algumas trocas o motorista precisa tirar as duas mãos do volante, mas na passagem da terceira para a quarta reduzida ele pode usar a mão e o cotovelo. Ao mesmo tempo. 

    VOLVO N10 

    Volvo N10
    (Dibulgação/Quatro Rodas)

    Apesar do relativo sucesso dos Titan e Viking, só em 1979 a Volvo deu início à produção de caminhões no Brasil.

    Foi com o N10, com motor 10 litros de 263 cavalos de potência e capacidade de tração de até 52.000 kg. O detalhe mais característico está nos quatro faróis.

    Para entrar nos canaviais, em 1984 a Volvo instalou no N10 um motor que queimava álcool e diesel. Duas linhas de combustível alimentavam o motor turbo TM101 G de 9,6 litros com injeção piloto, que produzia 275 cv. Apenas 10 unidades foram produzidas. 

    Mercedes L-608 D

    mercedes-benz l608 d
    O “Mercedinho’ fez sucesso com os entregadores Brasil afora (Divulgação)

    Sempre é mais legal chamar o Mercedes L-608 D de “Mercedinho”. Lançado no Brasil em 1972 (a estreia na Europa foi em 1967), foi a aposta da marca para o segmento de caminhões urbanos.

    Deu tão certo que ao final do primeiro ano já detinha 35% do segmento. Com motor 3.8 de quatro cilindros com injeção direta, 85 cv e caixa de cinco velocidades ZF, tinha capacidade para 3.500 kg.

    Muito utilizado para entregas , o L-608 seria reestilizado 1984 e substituído pelo L-709 em 1988. Este depois ganharia motor turbo de 106 cv e seria rebatizado de L-710.

    Aos poucos esta família foi substituída pelo Accelo, desenvolvido no Brasil e muito mais moderno, até ter a produção encerrada em 2014. 

    Scania 113H

    Scania 113H
    Scania 113H (Scania/Divulgação)

    Lançado no Brasil em 1991, o Scania 113 foi além de ser forte, robusto e confiável, e também fez grande sucesso pelo seu estilo, conforto e durabilidade. A carroceria apostava em cores diferentes e em grafismos, caso da clássica combinação entre o tom azul claro com linhas rosa e lilás, que chegou a ser reeditada em 2017 para comemorar os 50 anos da Scania no Brasil. 

    Mas o que fez o 113 ser considerado um dos melhores caminhões dos anos 1990 foi sua cabine, toda projetada ao redor do motorista e que dava atenção a detalhes pensando em seu conforto quando estivesse trabalhando ou descansando.

    Scania 113H
    (reprodução/Internet)

    O motor DSC11 do caminhão Scania 113H tinha tecnologias como turbo e intercooler, se antecipando às classificações EURO e PROCONVE da época. E mesmo assim esse motor com até 360 cv demanda poucas intervenções, tem manutenções cm custo abaixo da média e é econômico. Usava câmbio com 10 marchas e duas à ré. Foi substituído em 1998 pela Série 4. 

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 6,00/mês

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.