1. Fiat 147
Lançado em 1976, inovou ao trazer motor frontal transversal e tração dianteira. Valia de tudo para deixá-lo maior por dentro, até alojar o estepe no cofre do motor para poupar o discreto porta-malas de 352 litros de mais um volume incômodo.
2. Renault Dauphine/ Gordini
Como o motor era atrás, o estepe foi para a frente. Só que o capô que abria contra o vento (levanta-se a parte traseira, não a dianteira) dificultava o acesso à roda sobressalente. Aí veio a ideia genial: o pneu era retirado por uma tampinha no meio do para-choque frontal.
3. Gurgel Carajás
A exemplo dos primeiros Land Rover, o jipe nacional também tinha o estepe no capô. No Carajás, quem tinha menos de 1,70 metro reclamava que a roda atrapalhava a visão e que era difícil abrir o capô. Para solucionar o problema, alguns donos simplesmente o guardavam no porta-malas.
4. VW Kombi
Desde 1950, o estepe ganhou diferentes lugares na Kombi: no motor (vertical e horizontal), acima do para-choque dianteiro e sob o motorista. Mas ele durou mais tempo mesmo colocado na parede metálica que separava o banco do motorista dos passageiros da fila de trás.
5. Bianco S
O fora de série feito nos anos 70 e 80 quase não tinha porta-malas, ocupado pelo tanque de combustível dianteiro. Atrás já havia o motor de Fusca. A solução foi colocá-lo junto ao motor, mas acima, num apertado espaço entre as torres da suspensão traseira. Lá cabia com perfeição um pneu 185/70 R13.
6. MP Lafer
Ele era uma réplica nacional do MG TD inglês, só que feito sobre mecânica e chassi do Fusca. Como o motor era atrás, o estepe foi para a frente. E aquela tampa traseira com o pneu por cima? Era só uma carcaça de fibra, para manter o design do carro original.
7. Willys Je
Nos primeiros modelos, o estepe na tampa traseira fazia o carro, que era muito leve, levantar a frente. A Willys, então, instalou-o na lateral direita traseira. Assim, compensava o peso do motorista e resolvia de vez o problema.
8. Fiat Uno Turbo
No Uno original, o estepe ficava no motor, mas a adoção do turbocompressor e a largura extra dos pneus esportivos bagunçou tudo. O jeito foi improvisá-lo no porta-malas, coberto por uma capa de carpete, e lamentar a redução da capacidade de carga de 240 para 175 litros.
9. VW Crossfox
Pendurar a roda atrás virou moda nos aventureiros, a partir do EcoSport, em 2003. Mas, se o Ford nasceu assim, o CrossFox foi adaptado. Como a fixação perto da lanterna gerava muito ruído, a VW mudou o suporte em 2010, que ganhou um braço móvel no para-choque.
10. VW Fusca
A partir de 1970, o modelo alemão trocou a suspensão de braços arrastados com barras de torção por uma moderna McPherson, com molas helicoidais. Além de mais confortável, ela liberou espaço no porta-malas dianteiro, graças à posição do estepe, que agora ficava deitado. Enquanto isso, no nosso Fusca a roda extra sempre ficou de pé.