Dez vezes que as fabricantes erraram nas mudanças em seus carros
Quando a emenda fica pior que o soneto, nas mudanças promovidas pelas fábricas
Metamorfose ambulante
Em 1974, a GM produziu alguns Opala na cor Rosa Pantera para agradar as mulheres e aumentar as vendas entre elas. Mas o preconceito machista transformou a “pantera” em “mico” (hoje é cobiçado por colecionadores).
Faltou ar!
Os VW Gol 1980 eram fracos: tinham motor 1.3 com um carburador. Depois, a versão a álcool passou a ter dois carburadores (com o estepe instalado sobre um deles). Resultado: não surtiu efeito.
Peso sênior
A GM fez de tudo para aliviar o peso no Chevette 1.0 Júnior. Trocou até os vidros por outros mais finos. Não adiantou: os 50 cv do motor não davam conta do serviço e, um ano depois (1992), foi substituído pelo 1.6.
Esqueceram de mim!
Os tanquinhos dos carros flex ainda resistem às novas tecnologias. Mas, apesar de cumprirem seu papel, são uma solução adaptada que é fonte de problemas quando vazam ou estocam combustível vencido.
Falta de visão
Em 1998, a Porsche mexeu onde não devia no 911. Adotou os faróis com o mesmo estilo dos usados no Boxster, que, para os puristas, mais pareciam ovos fritos. Foi obrigada a voltar atrás e, em 2001, os faróis do 911 passaram a ser redondos.
Queda de braço
Para ajudar o 1.0 anêmico do Siena 1998, a Fiat lançou mão de um câmbio manual de 6 marchas (1 a mais que o padrão na época). Não adiantou. O motorista cansava de tanto trocar as marchas, mas o carro não andava.
Língua venenosa
Aqui o erro foi não prever a reação do público. O teto solar do Fusca 1965 era legal, mas o carro logo ganhou o apelido de “Cornowagen”. Os mais incomodados fechavam a abertura, inutilizando o teto.
Câmbio, desligo!
O câmbio manual com acionamento automático da embreagem não deu certo em 1964, com a DKW (Saxomat). Quase 35 anos depois, Fiat (Citymatic) e Mercedes (AKS) aperfeiçoaram a ideia. Adivinha?
Mais do mesmo
Mal chegou, em 1972, o SP1 1.600 saiu de linha por conta da baixa potência (65 cv). Veio então o SP2 (1.700 cm³ e 75 cv), mas o desempenho continuou fraco e logo o carro ganhou o apelido de “Sem Potência”.
Acabou na lama
Em 1984, a Belina pegou carona com a Pampa 4×4, mas rapidamente atolou em uma série de problemas pela ausência de um diferencial central, causando esforços no cardã e no diferencial do eixo traseiro.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.