As telas dominaram a indústria automotiva nos últimos anos. Em quase todo carro novo, quando não há apenas uma tela grande para a central multimídia, o quadro de instrumentos também tem a sua. Mas a DS, marca de luxo da Stellantis com modelos baseados nos Citroën, resolveu “voltar no tempo” e voltar a apostar nos bons e velhos botões.
O verdadeiro problema das telas é quando desliga, ela vira apenas uma superfície retangular preta com marcas de dedos. “Não é muito sexy, nem muito luxuosa”, afirmou o chefe de design da DS, Thierry Métroz.
Por conta disso, o foco dos próximos lançamentos da marca é eliminar todas as telas, voltando a exibir elementos tradicionais no painel de instrumentos, ao contrário da tela gigante que concentra tudo que você pode fazer no carro.
Os carros mais recentes da marca já estão diminuindo suas telas e permitem manusear o sistema multimídia sem precisar tocá-lo diretamente como no DS 4 e no DS 7.
Por enquanto, a luta contra as telas é só uma opinião do chefe de design de uma das várias marcas que a Stellantis gerencia no mundo. Porém, considerando as coisas dentro desse consórcio, não será uma surpresa se esse pensamento chegar em outras marcas, como Peugeot, Dodge e Jeep.
A segurança também é algo que se beneficiaria dessa mudança. Segundo o Canadian Automobile Association (CAA), a utilização de telas em movimento já é uma grande fonte de distração que pode causar acidentes. Na Espanha, por exemplo, o motorista pode receber uma multa de até 200 euros (R$ 1100) e três pontos se for pego usando a tela com os dedos enquanto dirige.
Esse debate sobre telas em carros parece estar no começo ainda. Provavelmente, diminui-las ou diminuir sua relevância cria um novo problema de ergonomia no volante. Por enquanto, ainda não existem alternativas melhores para facilitar a utilização de algumas funções, como consultar o gps ou selecionar o modo de condução.