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Ela dirigiu 17.600 km dos EUA ao Brasil trazendo este Fusca para a mãe

Conheça a história de Yamara, que foi a San Diego conhecer Justin Bieber e decidiu voltar com um presente de quatro rodas para a mãe

Por André Deliberato
Atualizado em 28 Maio 2019, 08h32 - Publicado em 28 Maio 2019, 08h25
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  • Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    Yamara e o primo Milton Júnior: juntos em uma aventura que durou 17.600 km (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

    Dona Regina é famosa no Instagram de Yamara das Dores – ou apenas @Yamara. Mais do que isso, ela é a mãe de Yamara, uma menina que decidiu viajar aos Estados Unidos para fazer intercâmbio e realizar o sonho de conhecer Justin Bieber.

    E, depois de alguns meses, resolveu voltar para casa trazendo na bagagem um Volkswagen Fusca conversível 1972, símbolo que representava outro Fusca amarelo – um veículo que fez parte de momentos felizes da infância da mãe até ser roubado.

    Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    Yamara logo após adquirir o Fusquinha nos EUA (Acervo pessoal/Quatro Rodas)

    Cansada da rotina de escritório, a publicitária e escoteira foi para os EUA porque queria mudar de vida.Sem dinheiro e sem falar inglês ou espanhol, alugou carro para dormir, trabalhou entregando comida, pediu dinheiro na rua e fazia uma refeição por dia.

    “Passei os maiores perrengues da minha vida e agradeço ao McDonald’s por oferecer comida a US$ 1″, relata.

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    Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    Primo viajou do Brasil aos EUA só para ajudá-la (Acervo pessoal/Quatro Rodas)

    Após conhecer Justin Bieber, juntou grana para comprar o Fusca – amarelo, como o da mãe, claro. Desejo realizado, nasceu a ideia: dar para dona Regina o tão sonhado modelo.

    “Não sabia dirigir carro manual. A ideia era aprender durante o trajeto, mas o destino colocou no caminho meu primo Milton Júnior. Ele viajou do Brasil aos EUA só para me acompanhar no trajeto de volta com o Fusca, com a missão de me ensinar a dirigir”, conta Yamara.

    Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    Não faltaram quebras e visitas ao mecânico pelo caminho… (Acervo pessoal/Quatro Rodas)
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    A viagem não seria fácil: afinal, seriam 17.600 km a bordo de um Fusca 72 recém-adquirido e sem histórico de cuidados.

    Yamara criou então a campanha “Quilômetros do Bem”, seguindo a filosofia de que valeria a pena fazer o roteiro “ajudando o próximo, em toda e qualquer ocasião”.

    Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    Viagem foi toda registrada no Instagram (Acervo pessoal/Quatro Rodas)

    Contou, ainda, com o auxílio de seguidores do próprio Instagram, mesmo que a ajuda fosse, na maior parte das vezes, apenas através de informações.

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    A jornada, de San Diego a São Paulo, começou em setembro de 2018, passando por 12 países.

    “O Fusca mostrou problemas logo no início. Estávamos no México, em um deserto cabuloso, e a gente não entendia muito bem a mecânica do carro, não sabíamos que a bobina esquentava…”, relembra.

    Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    Algumas fronteiras, como entre Panamá e Colômbia, o bravo Fusca conversível teve que atravessar num contâiner (Acervo pessoal/Quatro Rodas)

    “Fomos pegando essas manhas com o tempo, inclusive com dicas de seguidores do Insta. Tinha dia que precisávamos andar por duas horas e esperar meia hora com uma meia ou um pano úmido na bobina para fazê-la esfriar”, narra.

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    “Para piorar, Fusca no México é o nome de uma arma. Lá o nosso Fusca se chama Vocho. Algumas vezes fomos parados pela polícia e, como não falávamos o idioma, respondíamos que estávamos viajando dos EUA para o Brasil ‘com Fusca’”, brinca.

    Volkswagen Fusca conversível 1972 de Yamara
    A chegada triunfal ao Brasil, via Peru (Acervo pessoal/Quatro Rodas)

    Para piorar ainda mais, a capota não fechava direito. “Quando chovia, precisava dirigir com uma toalha no volante, para secar mesmo, pois o que entrava de água não era brincadeira.”

    Chegaram ao Brasil em novembro, dois meses e três dias após a saída. Ufa! “Minha mãe ficou muito emocionada, não só porque não me via há meses como pelo Fusca. Mas disse que eu era louca por fazer essa viagem.”

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    Hoje, Yamara está no processo de nacionalização do Fusca como um veículo antigo, o que pode ser feito por ele ter mais de 30 anos.

    “Estou regularizando, ele é meu único carro. Quando eu conseguir resolver tudo, vou continuar com meu trabalho social e voluntário pelo Brasil.”

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