Em crise, Nissan demitirá 9 mil funcionários e reduzirá produção em 20%
Apesar da promessa de lançar 30 veículos nos próximos anos, fabricante aperta os cintos para aguentar queda nas vendas
Por Nicolas Tavares
8 nov 2024, 15h00 • Atualizado em 8 nov 2024, 15h51
Nissan Kicks da primeira geração foi reestilizado há exatamente três anos (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Mais uma fabricante revela que está em uma situação complicada financeiramente. O CEO da Nissan, Makoto Uchida, anunciou esforços significativos de reestruturação para orientar a empresa em tempos desafiadores. A montadora japonesa planeja cortar 9.000 empregos, reduzir a produção em 20% e diminuir sua participação na Mitsubishi.
Essas medidas refletem a mudança da Nissan para um sério “modo de emergência”, sinalizando um período de grandes mudanças e reavaliações. Até mesmo os executivos de alto escalão terão que apertar os cintos, pois Uchida e outros demais também estão sofrendo cortes salariais.
Os cortes de empregos, que representam cerca de 6,7% do quadro global de funcionários da Nissan, afetarão várias regiões. A produção também diminuirá globalmente em 20% como parte da reestruturação. Além disso, a Nissan está vendendo 149 milhões de ações da Mitsubishi, reduzindo sua participação de 34,07%, o que sugere uma mudança nas sinergias da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
Alguns dos cortes ocorrerão por meio de programas de demissão voluntária. Apesar dessas reduções, a Nissan ainda planeja lançar 30 modelos novos ou atualizados sob seu plano Arc, embora alguns cronogramas possam ser adiados. Entre eles estão duas mudanças para o Kicks no Brasil, com a nova geração do SUV compacto e uma reestilização para o modelo atual, utilizando a velha estratégia de ter duas gerações do mesmo veículo nas lojas.
Nova geração do Nissan Kicks será fabricada no Brasil a partir do ano que vem (Divulgação/Nissan)
Com suas vendas em queda e, consequentemente, uma previsão de lucro menor. Para o terceiro trimestre de 2024, a Nissan relatou um prejuízo líquido de 9,3 bilhões de ienes (cerca de R$ 351 milhões), um forte contraste com o lucro de 191 bilhões de ienes (R$ 72,2 bilhões) registrado no mesmo período do ano passado. Como resultado, a empresa reduziu sua previsão de receita para o ano inteiro para 12,7 trilhões de ienes (R$ 480 bilhões) e agora espera vender 3,4 milhões de veículos neste ano fiscal, abaixo da meta anterior de 3,7 milhões.
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“Não temos escolha a não ser revisar parcialmente o plano”, disse Uchida. “É meu mais profundo pesar enfrentar esta situação desafiadora no primeiro ano do The Arc. Estou comprometido em conduzir a empresa em direção ao crescimento. As vidas de 130.000 funcionários da Nissan e suas famílias ao redor do mundo repousam sobre meus ombros, e sinto uma profunda responsabilidade como líder.”
Uchida também destacou a necessidade da Nissan de fortalecer sua linha híbrida, especialmente nos EUA, onde a demanda continua alta e a fabricante ainda tem poucas opções. A empresa pretende abordar essa lacuna e acelerar os ciclos de desenvolvimento para 30 meses, permitindo respostas mais rápidas às tendências de mercado.
O CEO e outros executivos estão aceitando cortes salariais como consequência desses desafios. A partir deste mês, Uchida está abrindo mão de metade de seu salário, uma medida apropriada dada a previsão de lucro anual revisada da Nissan de 150 bilhões de ienes (R$ 56,7 milhões), marcando uma redução de 70% em relação às projeções anteriores. Este é o segundo ajuste de perspectiva de lucro deste ano.
R$ 144.990: Honda WR-V é sucessor do Fit maior e mais barato que HR-V
O Honda WR-V 2026 é a síntese daquilo que se esperaria de um sucessor para o Honda Fit, fora de linha no Brasil desde 2021. Tem muito espaço interno, um bom porta-malas e motor conhecido, mas na forma de um SUV maior e mais barato que o Honda HR-V: há apenas duas versões e o preço começa em R$ 144.990.
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