O já conhecido escândalo envolvendo a Volkswagen e a manipulação das emissões do motor a diesel EA 189 ganhou um novo capítulo durante o fim de semana. De acordo com o periódico Bild, Bild am Sonntag, engenheiros da montadora alemã admitiram que a fraude teve início em 2008, pouco antes de o bloco começar a ser produzido em série.
Segundo a publicação, essa foi a única solução encontrada pelos funcionários da fabricante para que fossem cumpridas as metas de emissão de poluentes e as de custo interno. Caso a manipulação não tivesse ocorrido, o projeto do motor movido a diesel, que vinha sendo desenvolvido desde 2005, teria de ser paralisado, pois se tornaria inviável.
A matéria também reitera a informação difundida anteriormente de que Martin Winterkorn, antigo CEO do grupo, que se afastou das funções na semana passada em decorrência do escândalo, não tinha conhecimento da fraude. Por outro lado, Ulrich Hackenberg, que ocupava o posto de chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Audi, é suspeito de não apenas ter conhecimento da adulteração, mas também de ter dado aval a ela.
A partir de então, a Volkswagen teria iniciado a instalação do software desenvolvido pela Bosch, originalmente com o objetivo de ser utilizado em testes, em 11 milhões de veículos das principais marcas do grupo (VW, Audi, Seat, Skoda). Em todos eles, a emissão de poluentes é consideravelmente maior do que aquela anunciada nas especificações técnicas dos carros.
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