Embora a Volkswagen tenha confirmado uma futura nova geração para o Golf, novas regras e informações dão conta de que isso não está tão garantido assim. O VW Golf 8 poderá ser o último da história como consequência de um acordo firmado por países da União Europeia, que estabelece a proibição de novos carros a combustão a partir de 2035.
Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 9,90
A dica foi dada pelo CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, e repercutida pelo site alemão Welt. Segundo a publicação, Schäfer disse que teria que “ver se vale a pena desenvolver um novo veículo que não dure os sete ou oito anos completos”, referindo-se ao prazo estabelecido pelo acordo da eletrificação europeia.
Isso porque uma nova geração do Golf só seria lançada após a reestilização de meia vida do modelo atual, prevista para até 2024, e que seguiria por mais pelo menos três anos. Ou seja, a nona geração do hatch médio só chegaria por volta de 2028 e duraria de seis a sete anos.
Custos também poderão afetar
Thomas Schäfer também apontou para outro possível impedimento ao desenvolvimento do Golf 9, os custos, já que, segundo ele, segmentos menores como o que o Golf ocupa serão mais acessíveis com propulsão elétrica.
Isso acontecerá pelo encarecimento dos carros a combustão na era Euro 7, a atual regulamentação de emissões em vigor na Europa, pela complexidade dos sistemas de escape. O executivo diz que os preços deverão subir em até 5.000 euros – ou R$ 27.000 em conversão direta.
“Em um carro compacto, esses custos adicionais dificilmente serão compensados. Portanto, a mobilidade de entrada com motores a combustão será significativamente mais cara”, disse Schäfer, acrescentando que “a mobilidade individual é uma necessidade básica e deve permanecer alcançável no futuro”.
Substituto elétrico
Não há qualquer indício de que o Golf se tornará um carro elétrico, mas sim de que ele será substituído por um. Além do existente ID.3, a Volkswagen já desenvolve outros modelos para a gama ID, como o ID.2, de dimensões e preços semelhantes aos do Golf atual, na Europa.
Esta seria, para o chefão da Volks, a melhor solução para o momento, mesmo que isso custe a aposentadoria de um dos nomes mais fortes do mercado mundial e com quase 50 anos de história.