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Este VW Worker 4×4 motorhome dará a volta ao mundo e tem até usina solar

Empresário transformou caminhão criado para uso militar em motorhome para viajar pelo mundo por três anos

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 out 2022, 09h28 - Publicado em 24 jun 2022, 15h50
Motorhome Iron VW Worker
 (Rogério Torres/Divulgação)
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Criado para atender às exigências do Exército Brasileiro para o transporte de carga, tropas e cisterna, o Volkswagen Worker 15.210 4×4 chegou a ser homologado para uso civil, sendo usado por mineradoras, usinas e para atender empresas de energia em locais remotos. Mas também se mostrou perfeito para dar uma volta ao mundo.

Motorhome Iron VW Worker
(Rogério Torres/Divulgação)

A missão é do brasileiro Sergio Plumari, de 55 anos, diretor comercial, que já realizou este feito anteriormente. Foi de São Paulo até a Ásia usando moto e 4×4 ao longo de dois anos, percorrendo mais de 50.000 km sozinho e com apenas três peças de roupa. Agora, porém, fará isso com um motorhome 4×4 com uma usina solar, parte da expedição batizada “50 mundos”.

Plumari conta que comprou o caminhão de um fazendeiro, que mantinha o veículo em um galpão com apenas 3.000 km rodados, ainda com plásticos nos bancos e que se negava a vender. “Quando eu contei minha historia, dizendo que queria aquele caminhão para construir minha casa e dar uma volta ao mundo, ele me disse “Toma, ele é seu. Não posso impedir uma historia linda como essa”.

Motorhome Iron VW Worker
(Rogério Torres/Divulgação)
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O que este caminhão tem de tão especial é a simplicidade e robustez mecânica. Isso porque, embora seja um chassi 2014, seu motor é ainda um Euro 2, sem eletrônica (importante para trafegar por qualquer local off-road e para ter manutenção em locais remotos), que recebeu licença especial para ser vendido a atividades civis. Trata-se de um MWM 6.10 TCA, de 6 cilindros, que desenvolve potência de 206 cv a 2.600 rpm e torque de 67 kgfm a 1.700 rpm.

É um veículo para aplicações pesadas. Seu bloqueio de diferencial é um Meritor RS23-145 e, graças a classificação do motor Euro 2, ele pode trafegar por qualquer local off-road, pois sua manutenção é mais simples e barata. Os eixos e a caixa de transmissão são feitos pela americana Marmon Herrington e os amortecedores são hidráulicos, sendo o dianteiro de ação progressiva e o traseiro telescópico de dupla ação.

Motorhome Iron VW Worker
(Rogério Torres/Divulgação)
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Os pneus também são especiais para uso de mineração, mas optaram por retirar o rodado duplo traseiro para melhorar a performance do veículo no off-road.

Sergio batizou seu caminhão de Iron e o enviou à Estrela Mobil para ser transformado em motorhome. A parte casa tem 5,4 m de comprimento, 2,4 m de largura e 2,2 m de altura, e foi pensada para rodar em qualquer lugar do mundo, com especificações usadas por veículos desse tipo na Europa. Ela é toda revestida por Divynicell de 60 mm, uma espuma de fibra de vidro e PVC que isola termicamente a cabine, junto com as janelas insuladas.

Motorhome Iron VW Worker
(Rogério Torres/Divulgação)
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Motorhome Iron VW Worker
(Rogério Torres/Divulgação)

A parte interna feita em madeira compensado naval e pensada para o uso por uma pessoa, mas pode chegar a acomodar quatro pessoas. Há mesa de jantar, cozinha completa e banheiro.

Contudo, o grande diferencial deste motorhome é sua autossuficiência em energia elétrica e água por até 10 dias. Isso porque o teto da “casa” é ocupado por oito painéis solares que geram quase 2.000W e têm a energia captada acumulada em um banco de baterias de 670A. Essa energia é fundamental para alimentar os equipamentos internos e o consumo de cada equipamento pode ser monitorado pelo painel elétrico do veículo.

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Motorhome Iron VW Worker
(Rogério Torres/Divulgação)

Para completar o conforto, a água quente do Iron pode vir do boiler elétrico de origem náutica ou mesmo de um sistema que usa o próprio motor do caminhão para aquecer a água. O sistema também é usado para fazer a calefação interna da cabine.

Sergio Plumari iniciará sua nova aventura de volta ao mundo em agosto e estima que dessa vez a jornada poderá superar os 70.000 km e durar até três anos.

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