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Ferrari confirma que terá esportivo elétrico nos próximos anos

CEO da fabricante destacou planos para se adaptar à legislação ambiental cada vez mais rigorosa

Por Eduardo Passos
9 fev 2021, 11h14
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  • Ser híbrida como a SF90 não basta: Ferrari almeja um EV completo
    Ser híbrida como a SF90 não basta: Ferrari almeja um EV completo (Divulgação/Ferrari)

    Tradições se mantêm enquanto há força — algo difícil quando no outro lado há uma tendência global de combate aos gases estufa. Por isso os mais puristas já devem se preparar para conhecer, nos próximos anos, a primeira Ferrari elétrica.

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    A informação foi dada na semana passada (2), por ninguém menos que o CEO em exercício da companhia, John Elkann.

    Perguntado, durante reunião com investidores, como pretende lidar com as diversas restrições a veículos a combustão programadas para cidades europeias nos próximos anos, o executivo disse que resistirá, mas não a ponto de comprometer a existência da icônica marca.

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    “2030 será um ano em que teremos carros híbridos. Então, dentro de uma década, não veremos a Ferrari completamente elétrica; o que veremos é uma Ferrari elétrica”, disse de maneira um pouco ambígua.

    Com base no contexto do evento, é possível inferir que a primeira menção à Ferrari foi sobre a companhia no todo, enquanto a segunda citação foi a um modelo específico. Desse modo, em 2030 a italiana teria no seu portfólio os tradicionais esportivos a gasolina, híbridos e um inédito modelo completamente elétrico.

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    Lançado em 2019, o Porsche Taycan é o primeiro superesportivo elétrico da marca
    Modelos como o Porsche Taycan vêm sendo pioneiros no segmento dos superesportivos elétricos (Divulgação/Porsche)

    A posição de Elkann corrobora o antigo CEO da Ferrari, Louis Camilleri, que já havia citado, no ano retrasado, planos de criar um EV de 2025 em diante, mas lutando enquanto possível para manter a produção tradicional. “Eu certamente não vejo a Ferrari 100% elétrica. E durante minha vida, sequer chegará aos 50%”, disse o egípcio à época.

    Uma das soluções que o Cavallino Rampante deve buscar são brechas aplicáveis a pequenos fabricantes, que devem seguir construindo carros a combustão em regime especial.

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    A primeira Ferrari híbrida da história é uma das mais rápidas também
    Motor elétrico da LaFerrari era mais próximo de um ERS dos carros de Fórmula 1 (Ferrari/Divulgação)

    Países como o Reino Unido já têm prazos estabelecidos para a guinada elétrica. Na ilha britânica, carros não-elétricos serão proibidos à venda em 2030, com somente ‘full EVs’ permitidos a partir de 2035.

    Na Europa, a rígida norma Euro 7 entrará em vigor em 2025, tornando bem mais difícil a vida dos motores a diesel e gasolina. No Brasil, já há projetos no Senado que propõem proibição semelhante em 2030, com circulação de carros não-elétricos permitida, a partir de 2040, somente a modelos de coleção.

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    O motor V8 turbo é o mais potente já usado por uma Ferrari
    Na SF90 os motores elétricos já auxiliam na tração integral, podem ser carregados via tomada e até conduzir sozinhos o carro — mesmo que por poucos quilômetros (Divulgação/Ferrari)

    A Ferrari já possui modelos híbridos como o cupê LaFerrari e a SF90 Stradale, homônima ao carro de F1 da Scuderia. Essa semelhança não é em vão, já que os motores elétricos desses esportivos ainda atuam somente como auxiliares ao de combustão — uma parcela pequena do necessário para que uma unidade de Maranello atinja o desempenho esperado.

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