Fomos à Itália dirigir a Ferrari Roma, o esportivo ‘de entrada’ com 620 cv
O superesportivo equipado com motor dianteiro V8 biturbo faz de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos e ultrapassa os 320 km/h de velocidade m
A Ferrari Roma foi lançada em 2019 e causou polêmica pelo seu design disruptivo exatamente por representar uma quebra na identidade visual de outros modelos da linha, que tinham um estilo mais agressivo com linhas aerodinâmicas bem marcadas, como a Portofino M.
Com design inspirado nos clássicos GT com motor dianteiro lançados pela marca italiana nos anos 50 e 60, a Ferrari Roma inspira modernidade nos faróis em led partidos por uma barra também em led, um detalhe que remete aos faróis das Ferrari Monza SP.
As lanternas em alto relevo criam uma espécie de linha contínua com a tampa do porta-malas. E é interessante observar a fibra de carbono exposta tanto nos para-choques dianteiro e traseiro quanto nas saias laterais.
Além disso, as quatro saídas de escape cromadas chamam a atenção e elas definitivamente não são só de enfeite. A carroceria tem uma queda acentuada e o para-brisas traseiro é quase em formato trapezoidal.
O motor é o V8 3.9 biturbo, da família de motores que conquistou o prêmio de melhor do mundo em 2017, capaz de gerar 620 cavalos a 7.500 rpm e 77,4 kgfm. Acoplado a ele está o câmbio automatizado de dupla embreagem de 8 marchas – o mesmo da Ferrari SF90 Stradale, modelo híbrido com mais de 1.000 cv.
QUATRO RODAS foi até Maranello, na Itália, pra dirigir o superesportivo nas estradas sinuosas da região. No vídeo, o redator-chefe Paulo Campo Grande conta tudo sobre as impressões de pilotá-la.
Pelas imagens, a Roma parece menor, mas a verdade é que o superesportivo tem 4,65 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,30 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. E também é leve: são apenas 1.472 kg. Como toda Ferrari, os pneus calçam rodas aro 20 e ganham pintura diamantada como opcional.
A Roma tem maçaneta embutida e é preciso apertar um botão localizado nas portas para sair do carro. No interior o quadro de instrumentos é digital, configurável e tem 10,5 polegadas: o conta-giros fica no centro e é exibido como um mostrador analógico. Ainda informações do áudio, da navegação e do telefone pareado.
A tela da central multimídia é vertical, de 8,4 polegadas, e está embutida em um console central elevado e que confere sofisticação para a cabine e também contribui para ergonomia do condutor.
Mas, o Roma não tem o interior desenvolvido apenas com foco no motorista. O passageiro também conta com uma tela touchscreen á sua frente que permite que ele controle o sistema de som, iluminação, temperatura, entre outras funções.
O interior possui materiais nobres, como couro, Alcantara, alumínio e fibra de carbono. E em relação ao espaço a Roma, trata-se de um cupê 2+2, portanto é feito para o motorista e passageiro, e permite carregar apenas duas crianças no banco traseiro.
A Roma consegue reunir tradição e tecnologia. E pode impressionar pela sua leveza aliada ao competente motor V8, mas o seu preço no Brasil pode chegar a mais de R$ 3 milhões e é vendido sob encomenda. Na Itália ele custa 220.000 euros, o equivalente a R$ 1 milhão em conversão direta e sem contar os impostos e por lá é a Ferrari mais acessível de toda gama.