Ford Mustang Dark Horse custa R$ 649.000 e anda tanto quanto um Porsche 911
Este é o Mustang mais potente já feito em série e ganha alterações que o deixam (bem) mais rápido, mesmo com apenas 15 cv a mais

O Mustang mais potente já produzido em série pela Ford estreia no Brasil. Trata-se do Mustang Dark Horse, que traz um legado das pistas assim como séries do passado, entre elas as Boss 302, Mach 1 e SVT Cobra R, e fica tão rápido quanto um Porsche 911 Carrera S. Em configuração única, ele sai por R$ 649.000 – ou R$ 100.000 a mais do que a versão GT Performance.
As diferenças do Mustang Dark Horse começam na aparência, que vai em busca de mais agressividade. Para-choque e grade são novos, com com traços mais sóbrios e retos, complementados por uma faixa escurecida abaixo dos faróis – estes, full led com acabamento escurecido. Há ainda faixas no capô com desenho exclusivo.

De lado, as rodas de 19 polegadas também são próprias da versão mais extrema, assim como os retrovisores escurecidos e o logotipo no para-lama dianteiro. O logotipo, que também aparece pela primeira vez na traseira de um Mustang, mostra um cavalo olhando de frente, como se encarasse quem o observa. As bordas do elemento lembram uma ferradura. Por falar na traseira, há quatro saídas de escape e aerofólio escurecidos.

Também há exclusividades no interior, que adota bancos em couro e suede com costuras em azul, mesmo tom utilizado e costuras e na escrita do emblema posicionado à frente do passageiro, com o número de série de cada unidade. Há soleiras alusivas à versão, também com a cor azul, e o emblema do modelo no volante com acabamento escurecido.
Entre os itens de série, são mantidos o quadro de instrumentos de 12,4 polegadas, além da central multimídia de 13,2 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Há ainda ar-condicionado digital de duas zonas, sensores de ré, bancos dianteiros com aquecimento e refrigeração, câmera de ré, iluminação ambiente, faróis automáticos, piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, alertas de pontos cegos e sistema de permanência em faixa.

O ponto alto do Mustang Dark Horse está na mecânica. O motor V8 5.0 aspirado passa a entregar 507 cv de potência, ou seja, 15 cv a mais do que na versão GT Performance. Não há alteração, porém, nos 57,8 kgfm de torque. Além do aumento de potência, há outros ajustes para entrega mais rápida de torque, além de biela e virabrequim herdados do GT500.
A transmissão automática de dez marchas foi mantida, mas também passou por novas calibrações, assim como o sistema de escape, que promete (e entrega) um ronco mais alto desde faixas menores de rotação. Com as mudanças, o modelo vai de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos, segundo a Ford. Ou seja, 0,7 segundos mais rápido do que o GT Performance, com apenas 15 cv a menos, e apenas 0,2 s mais lento do que um Porsche 911 Carrera S, de R$ 1.100.000.

Outras modificações incluem um diferencial traseiro torsen com sistema de arrefecimento, suspensão independente e adaptativa, molas dianteiras mais rígidas, coxins e buchas também mais rígidos, além de uma direção que promete ser 25% mais responsiva, uma barra estabilizadora traseira sólida e freios com discos dianteiros semiflutuantes.
O freio de estacionamento é eletrônico, mas acionado por uma alavanca, cujo sistema vai além do saudosismo do ato de puxar a alavanca. Ele existe para que seja possível fazer manobras, como drift, puxando a alavanca – o que seria impossível caso o freio fosse acionado por um botão. Ou seja, trata-se da permanência de uma possibilidade de diversão, mas com mais modernidade.

Para uma condução mais adequada ao momento, é possível escolher entre cinco modos: Normal, Esportivo, Escorregadio, Pista, Pista Drag e Personalizado. Neste último, altera-se cada um dos parâmetros de acordo com as preferências individuais. São os parâmetros: câmbio, direção, ronco do escapamento, suspensão, acelerador, controles de estabilidade e tração, luzes ambiente, aparência do quadro de instrumentos e som do motor na cabine.

São três modos de direção, quatro de escape e, mais quatro, de suspensão. Ou seja, é possível combinar uma direção mais confortável a um ronco mais alto e uma suspensão de rigidez intermediária.