França descarta presença de software ilegal em modelos Renault
Testes apontaram índices de poluentes acima dos limites, mas nenhuma fraude foi constatada
A ministra de Ecologia da França, Ségolène Royal, anunciou que a Renault não fraudou os testes de emissões de poluentes, embora testes de contaminação realizados com veículos da empresa e de “várias fabricantes de outros países” tenham apontado índices acima das taxas máximas de emissões de CO2 e de óxido de nitrogênio. No começo da semana,
O governo francês enviou uma equipe de agentes da Direção Geral de Concorrência, Consumo e Repressão da Fraude a alguns prédios da companhia, em busca de informações que apontassem o uso de softwares para fraudar testes de emissões, como os utilizados pela Volkswagen em milhares de veículos pelo mundo. Apesar de as autoridades até terem confiscado computadores em busca de evidências, tanto a ministra quanto a empresa afirmaram que nenhum “programa informático de fraude” foi encontrado.
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Segundo Royal, por enquanto apenas 22 dos 100 modelos selecionados para análise foram avaliados. A ministra frisou que as operações realizadas pelos investigadores nas dependências da Renault não tiveram relação com a realização destes testes, e aproveitou para ressaltar a disposição da marca francesa em colaborar com as investigações.
Royal assinalou que, até o momento, foram analisados 22 modelos, dos 100 que preveem examinar, e acrescentou que as operações efetuadas hoje em diversas fábricas da Renault não estão relacionadas com esses testes. A ministra ressaltou também a disposição da Renault a colaborar com a comissão nas investigações em andamento.
Um dia antes das declarações da ministra, a Renault chegou a perder até 20% do valor de suas ações na bolsa de Paris, mas conseguiu limitar a queda a 10,28% no fechamento do pregão. O valor foi o menor registrado pela empresa nos últimos 17 anos.