Para os franceses, somos sortudos por ter um Sandero esportivo por aqui. Sim, o Sandero R.S., que foi lançado há quase um ano no Brasil, ainda hoje desperta o interesse de gearheads na Europa, saudosos de compactos esportivos simples mas eficazes que marcaram época por lá, como o VW Golf GTI de segunda geração e os Peugeot 205 GTI e 106 Rallye.
Primeiro carro da Renault Sport produzido fora da França, nosso Sandero esportivo virou assunto no site francês Caradisiac. Foram atrás das impressões do “esportivo de baixo custo” nos mercados latinos onde é vendido. Mesmo que o Dacia Sandero tenha sido o carro mais vendido da França no primeiro semestre (e também esteja entre os mais baratos por lá, partindo dos 7.990 euros), exaltações ao comportamento dinâmico, à resposta da direção e aos freios da versão R.S. despertaram um sentimento quase de inveja.
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A conhecida simplicidade do projeto do Sandero combinada ao motor 2.0 de 145 cv, ao câmbio manual e à suspensão devidamente ajustada para uso em pista rendeu ao Renault Sandero R.S. uma comparação com o Clio R.S. de 2001. A configuração era semelhante, mas com o mesmo motor entregando 175 cv. Aparentemente, os franceses também sentem falta de esportivos aspirados, como nos velhos tempos.
Mesmo que os carros brasileiros sejam caros, os R$ 62.125 da tabela do R.S. por aqui equivalem a 17.700 euros, pouco mais do que dois Dacia Sandero básicos, quase o mesmo que se pede por um Clio intermediário com motor 0.9 de 90 cv e cerca de 10.000 euros mais em conta que um Clio R.S (que tem 200 cv e custa o equivalente a R$ 95 mil).
Diante da proposta e do preço do Sandero R.S., não faltaram leitores desejando a venda dele na Europa. Tanto que até o fechamento desta reportagem 80% dos leitores diziam que a Renault deveria vender o Sandero R.S. na Europa. O grande problema é que, por lá, as emissões deste motor 2.0 antigo complicariam bastante sua comercialização.