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Poucos os chamariam de belos. Mas os carros a seguir se tornaram ícones de seus países. Pequenos, simples, criados para serem acessíveis e populares, tiveram como aliado o carisma que despertaram – e ainda despertam.
Ford T – EUA:
Eleito Carro do Século XX, ele protagonizou a fabricação em massa do automóvel e motorizou a América. Em boa parte de seus 19 anos de produção (1908-1927), foi vendido só na cor preta.
Fusca – Alemanha:
Mais famoso projeto de Ferdinand Porsche, o Volkswagen virou marca e personagem da Disney, assegurando o carinho do público quando já era antigo e homenagens modernas, como o Beetle.
Mini – Inglaterra:
Se o Austin Seven foi o Modelo T dos ingleses, Sir Alec Issigonis levou a miniaturização a um padrão de excelência em 1959, ao criar um minicarro que se consagrou nos ralis e durou quatro décadas.
2CV – França:
Apelidado de guarda-chuva, ele surgiu como proposta de carro de passeio e utilitário para motorizar a França urbana e rural. Produzido de 1948 a 1990, fez da simplicidade mecânica o segredo de sucesso.
Fiat 500 – Itália:
O “Cinquecento” foi um ícone da recuperação da Itália nos anos 50. Mas outro 500, antepassado seu, apelidado com o nome local do Mickey da Disney, “Topolino”, foi uma sensação de 1936 a 1955.
Subaru 360 – Japão:
Muito antes da tração integral e da fama nos ralis, houve o 360 (1958-1970). Típico kei jidosha, minicarro com tributação menor, o Subaru parecia um mini-Fusca, com motor bicilindro refrigerado a ar.
Gurgel BR-800 – Brasil:
O BR-800 não foi o primeiro minicarro da visionária Gurgel, mas foi o primeiro 100% nacional – até na mecânica. Tinha um mercado promissor até a Fiat lançar com o Uno Mille, também sujeito a redução de imposto.
Volvo PV444-544 – Suécia:
Em sua apresentação em 1944, 2300 contratos de compra foram assinados. O entusiasmo não evitaria a demora da fabricação, só em 1947. O projeto durou até 1969 (mais de 445 mil unidades produzidas).
Trabant – Alemanha Oriental:
Se o Fusca virou ícone na Alemanha Ocidental, a queda do Muro de Berlim em 1989 revelou o da Oriental. O Trabant tinha carroceria de plástico e um motor sempre inferior ou próximo a 1.0 litro.
Yugo – Iugoslávia:
Como vender um compacto da Zastava nos Estados Unidos dos anos 80? Comparando o Yugo na publicidade ao Modelo T e ao Fusca. Carro mais barato daquele mercado, virou piada, mas também ícone iugoslavo.