Hyundai Inster quer superar rivais com jeitão de SUV e autonomia de 355 km

Depois de um teaser um tanto misterioso, a Hyundai apresentou oficialmente o Inster, durante o Salão de Busan, na Coreia do Sul. O SUV compacto chegará para diferentes mercados, mas seu objetivo é concorrer no famoso segmento dos elétricos abaixo de 20.000 euros, que vem ganhando força na Europa, principalmente depois da ‘invasão chinesa’. E para ter sucesso, o modelo oferece um tamanho mais avantajado e mais autonomia elétrica que a concorrência.

Como uma de suas armas para conquistar o público, em especial o europeu, o Inster tem as dimensões a seu favor. Embora seja inspirado no compacto Casper, mini-SUV a combustão exclusivo da Coreia, o elétrico é maior, medindo 3,82 m de comprimento, 1,61 m de largura, 1,57 m de altura e 2,58 de entre-eixos.

Outro trunfo citado pela montadora é a “autonomia líder do segmento” — nesse caso, o dos compactos. O Inster será vendido com duas opções de motorização, ambas com apenas um motor elétrico. A Standard tem bateria de 42 kWh com até 300 km de autonomia pelo ciclo WLTP. Acima dela, a versão Long Range tem bateria de 49 kWh e alcance de até 355 km/h (WLTP), mas só se estiver usando as rodas de 15’’.

Para Hyundai, essas características são suficientes para posicioná-lo entre o segmento A, dos compactos Dacia Spring (versão gringa do Renault Kwid) e BYD Dolphin Mini, e o segmento B, onde o Inster encontrará seus principais concorrentes, como a dupla Peugeot E-208 e E-2008. Vale ressaltar que, dos modelos citados, o BYD é o que oferece a maior autonomia, chegando a 340 km pelo WLTP. Mas no ciclo do Inmetro o modelo não passa dos 280 km.

Assim como a autonomia, a potência também varia de acordo com a versão. Na mais básica, o motor elétrico entrega 97 cv, fazendo o Inster ir de 0 a 100 km/h em 11,7 s e chegar até os 140 km/h. Já na Long Range, a potência chega aos 115 cv, diminuindo o tempo do sprint para 10,6 s e elevando a velocidade máxima para 150 km/h. Nos dois casos, o torque é de 14,98 kgfm.

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Apesar de ser um carro barato, o Inster está longe de ser simples, muito graças ao seu pacote ADAS bem completo. Ele tem itens como frenagem autônoma de emergência, sensores de ponto cego e de tráfego cruzado, aviso e assistente de faixa, controle de cruzeiro adaptativo com Pare e Siga para congestionamentos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, entre outros.

Já o carregamento rápido permite que o SUV seja carregado carregadores DC de até 120 kWh, levando cerca de 30 minutos para ir de 10% a 80% de carga. O Inster também tem a tecnologia V2L (Vehicle-to-Load), que fornece energia para equipamentos externos, podendo até carregar bicicletas e scooters elétricas.

O design, embora fortemente inspirado no Casper, reflete essa pegada mais tecnológica. Há LEDs de pixel na dianteira e traseira e faróis circulares, também de LED, no para-choque. As linhas mais quadradas, principalmente, próxima às rodas ajudam a reforçar a pose de SUV aventureiro do Inster.

As rodas podem ser 15’’ com calotas ou de liga leve, aparentemente, essas serão as únicas capazes de fazer o carro chegar ao seu alcance máximo estipulado pelo WLTP. Mas há também as opções de liga leve de 17’’.

A Hyundai prometeu ainda uma segunda versão chamada de Inster Cross, que ainda não tem uma data para chegar, mas que terá um visual mais “robusto e voltado para ambientes externos”.

No interior, a Hyundai apostou em duas telas de 10,25’’. A central fica em uma posição bem elevada no painel, enquanto o painel de instrumentos chama a atenção por reproduzir relógios analógicos. Porém, o console central traz uma série de botões físicos, o que contrasta um pouco com o aspecto moderno visto no exterior.

Os coreanos também se preocuparam em fazer um carro ecologicamente correto. Logo, o SUV tem desde pintura feita a partir de pneus reciclados até o acabamento interno feito com garrafas pet.

O Hyundai Inster começará a ser vendido já nos próximos meses. Primeiro, ele estreou na Coreia do Sul, para depois seguir para outros mercados, entre eles a Europa, Oriente Médio e Ásia-Pacífico. Não há confirmação para as Américas.