Hyundai ix35, Chevrolet Onix e Prisma Joy: sucesso dos veteranos
Apesar do visual defasado e, em alguns casos, do atraso de gerações, os modelos mais antigos continuam vendendo bem no Brasil
Os Chevrolet Onix e Prisma Joy chegaram às lojas em 2016 com uma receita bem conhecida pelos brasileiros: menos equipamentos de série e (principalmente) visual defasado.
Quem não lembra dos já aposentados Fiat Palio Fire, Uno Mille ou Siena EL, que resistiram por anos junto às novas gerações? E também tivemos VW Gol Special, Ford Fiesta RoCam…
Entretanto, a principal surpresa é perceber que, mesmo com o desenho pré-reestilização – que foi apresentada há quase dois anos e meio –, essas versões ainda são as mais vendidas.
Segundo dados da consultoria Jato Dynamics, o Onix Joy representou 36,5% do total de vendas do hatch no primeiro semestre de 2018. Foram 32.766 unidades das 89.613 no período.
O mesmo fenômeno ocorre com a linha Prisma, cuja configuração mais barata (e com visual antigo) abocanhou 32,4% dos emplacamentos: 10.385 das 32.012 unidades vendidas.
Os bons resultados não surpreendem, considerando que falamos disso no início de 2017. E há uma boa diferença de preços: no caso do hatch, o Joy é R$ 3.700 mais barato que o LT 1.0.
No caso do sedã Prisma, há um degrau ainda maior entre a configuração de entrada e o modelo reestilizado. O primeiro custa R$ 49.590, enquanto o segundo parte dos R$ 59.890.
Uma das poucas marcas que ainda adotam essa estratégia é a Hyundai, que fabrica e comercializa três gerações do mesmo modelo no Brasil: o veterano Tucson, o ix35 e o recente New Tucson.
O modelo mais antigo teve vendas inexpressivas, com só 264 unidades no primeiro semestre. Por sua vez, o ix35 emplacou 4.515 unidades, ou 2,2 vezes as vendas do irmão mais novo.
De novo, há uma diferença de preços que justifica (em partes) o desempenho nas lojas. O Tucson parte de R$ 74.990, contra R$ 110.990 do intermediário e R$ 137.900 do New Tucson.
Vale lembrar que, diferentemente dos Chevrolet, os SUVs da Hyundai têm diferenças bem além do visual e dos itens de série: mudam também motores e, principalmente, plataforma.
Isso significa que o consumidor deverá abrir mão de detalhes mais importantes que apenas estética e comodidade. Ou seja, consumo de combustível, espaço interno e segurança.