A pandemia do coronavírus afetou fortemente concessionárias do grupo FCA.
As autorizadas do grupo que recebiam em média 8.500 visitas mensais de clientes para revisões antes do vírus, passaram a contar com apenas 10%, ou seja, apenas 850 buscas durante março – mês em que a empresa considerou o pico da paralisação para conter a disseminação do novo coronavírus.
A informação foi dada pelo diretor da Mopar (responsável pela organização de peças, serviços e atendimento ao cliente do grupo FCA), Luís Santamaria, em entrevista na manhã desta sexta-feira (8).
Questionado sobre um possível plano para que as concessionárias mantenham-se abertas mesmo após a queda significativa do orçamento, o executivo afirmou que reuniões semanais estão sendo feitas entre concessionários e a empresa para discutir a atualização financeira.
Segundo ele, o objetivo do grupo FCA é manter 100% da rede e, em casos de dificuldades, propõe que sejam viabilizados financiamentos junto a bancos ou, então, o adiamento do pagamento das peças compradas junto a empresa.
Além das revisões, a paralisação tem prejudicado também as vendas das concessionárias, que tiveram o setor de vendas presencial fechado.
A saída das marcas tem sido adotar o sistema de e-commerce para vendas de seus automóveis e também peças e acessórios.
De acordo com Santamaria, o grupo tem focado nesse setor, que se tornou uma tendência, principalmente, com a paralisação devido ao Covid-19.
O novo formato tem agradado o grupo e está sendo feita uma expansão do número de lojas virtuais, que deve crescer, em média, 170% até julho deste ano.
Segundo ele, antes da pandemia a Jeep possuía 33 concessionárias com lojas virtuais. Atualmente, o número subiu para 55, e a projeção é que, daqui 60 dias, torne-se 82 – crescimento de 148%.
A mesma proposta foi adota para a rede Fiat, que antes tinha 42 concessionárias disponibilizando serviços online. Agora, 67 adotaram a proposta, e a expectativa é que, em dois meses, o número cresça para 123 – alta de 192%.
Santamaria afirma também que, analisando o futuro pós-pandemia, o processo de pagamentos deverá ser alterado na rede de concessionárias da FCA.
Sem concretizar qual modelo seria adotado, o executivo afirmou que, tendo em vista que as pessoas ficarão receosas “com equipamentos em que todos tem contato, como exemplo, as maquininhas de passar cartão, a tendência é que seja adotado um sistema de pagamento por celular”.
“Assim, fica garantido a segurança dos clientes e também dos funcionários das concessionárias do grupo”, completou.
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