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Jornalista diz que teste com carro autônomo do Google foi “chato”

Repórter também fez críticas ao acabamento interno do protótipo

Por Rodrigo Furlan
Atualizado em 9 nov 2016, 14h42 - Publicado em 7 out 2015, 09h37
tecnologia

Um grupo seleto de jornalistas norte-americanos foi convidado pelo Google para participar de uma sessão de testes envolvendo um dos protótipos autônomos que têm sido desenvolvidos nos últimos anos. Um deles foi Alex Davies, do site Wired, que publicou seu relato nesta semana. E, aparentemente, o repórter não se impressionou tanto com o modelo.

Apesar de fazer algumas ressalvas, tendo em vista que se trata de um protótipo que ainda está longe de chegar à produção, o redator explicou que ficou com uma sensação muito ruim da cabine do modelo. “Para um carro tão futurista, o interior do protótipo é, bem, barato”, escreveu. Ele ainda mencionou que os bancos pareciam aqueles com os quais ele estava acostumado no Ford Escort 1998 que teve na época em que cursava faculdade.

Outro ponto negativo ressaltado no texto é o excesso de itens de plástico, incluindo botões de comando. “É um contraste incrível em relação aos carros-conceitos sofisticados que temos visto dos rivais do Google”, citando abertamente o Mercedes-Benz F 015, com revestimento de couro, acabamento de madeira e telas sensíveis ao toque, e o Audi A7 autônomo.

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Quando o protótipo entrou em funcionamento (para isso, bastou um aperto de botão), Davies contou que foram feitas algumas curvas e, em seguida, com velocidade máxima de 24 km/h, teve início a série de obstáculos em linha reta. Entenda-se por “obstáculos” a aparição de objetos e pessoas à frente do veículo autônomo, para verificar se ele seria capaz mesmo de evitar a colisão.

A sequência foi a seguinte: um funcionário do Google, outro carro e um ciclista. O jornalista frisa que repetiu a experiência dez vezes e considerou o procedimento “chato”. “Você pode ver o quão longe o Google chegou em seu desafio de fazer com que o motorista se tornasse dispensável – e o quanto ele está à frente da concorrência nesse aspecto”.

Aqui, Davies faz, diga-se, elogios ao projeto desenvolvido pela empresa do Vale do Silício. Além de falar sobre os seis anos de testes com a tecnologia autônoma, destaca a diferença entre as montadoras tradicionais – que lançam itens com assistência autônoma a conta-gotas – e o Google – que pretende introduzir um modelo totalmente autônomo de uma só vez.

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Até o momento, já são mais de 1,2 milhão de milhas (quase 2 milhões de quilômetros) percorridas em testes, não apenas com os protótipos autônomos próprios, mas também como os modelos da Lexus que foram adaptados pelo Google para integrarem o projeto.

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