Já faz algum tempo que a Mercedes rompeu com a tradição de usar apenas motores construídos por um só funcionário nos modelos preparados pela AMG. E, agora, os puristas possuem mais um motivo para torcer o nariz: a marca revelou, no Salão de Detroit (EUA), o primeiro Mercedes-AMG híbrido da história.
O novo CLS 53 usa o mesmo motor elétrico da versão 450. O conjunto une motor de partida e alternador em uma só peça, e adiciona 21 cv ao conjunto para otimizar acelerações. Outro motor elétrico impulsiona um compressor (não confundir com turbo elétrico, usado apenas na Fórmula 1) que ajuda o seis-cilindros turbo a chegar aos 440 cv.
Segundo a Mercedes, a potência combinada dos motores é igual à soma: 461 cv. O conjunto também estreia no inédito Mercedes E53 AMG, que não substituirá a versão 63.
Apesar do conjunto ter exigido a adoção de um sistema elétrico com uma tensão de 48V, o CLS 53 não é capaz de se mover apenas no modo elétrico. As baterias armazenam um volume menor de energia do que outros híbridos e não podem ser recarregadas na tomada.
O Mercedes-AMG CLS 53 usa um câmbio automático de nove marchas e tração integral 4matic para acelerar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, com velocidade máxima de 270 km/h.
Os mais atentos vão notar que esses números passam bem longe do antigo CLS 63. O descontinuado sedã esportivo ainda usava um motor fabricado pela AMG – no caso, um V8 5.5 de 558 cv, capaz de acelerar o modelo de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos.
O retrocesso quando o assunto é desempenho foi intencional. A Mercedes já afirmou que não fará um novo CLS 63, e que a nova versão 53 será a única alternativa para quem busca desempenho dentro do modelo. Essa limitação, no entanto, não deve impedir preparadoras de fazerem versões do novo CLS AMG dignas das letras que carrega.