A proposta da Jeep no mercado europeu, assim como de muitas outras montadoras, é de vender apenas veículos elétricos até o final desta década. O primeiro passo foi dado com o lançamento do Jeep Avenger, primeiro carro totalmente elétrico da marca. Mas aparentemente ele foi dado com o pé esquerdo.
As vendas do Avenger não andam boas no Velho Continente, o que está levando a norte-americana a aumentar a oferta por sua versão com motor a gasolina do SUV, que inicialmente serviria apenas para complementar as vendas do carro-chefe exclusivamente a baterias. No primeiro semestre de 2023, o “mini-Renegade” totalizou 7.214 unidades vendidas, mas apenas 962 eram elétricos.
Isso afetou os planos da Jeep, tanto é que, inicialmente, o Avenger com motor 1.2 turbo a gasolina de 100 cv seria oferecido exclusivamente na Espanha e Itália. A montadora, entretanto, expandiu sua oferta também para a Polônia, país onde é produzido. Agora, a Jeep também irá vendê-lo em outros três fortes mercados da Europa: França, Alemanha e Reino Unido.
Os franceses e alemães já podem encomendar seus Avenger a gasolina desde o final do mês de junho. O Reino Unido é o próximo da fila. Nesses países, o SUV estará disponível apenas na versão Altitude, a segunda mais cara entre os modelos a combustão.
Mesmo que a variante elétrica não tenha feito o sucesso esperado, a Jeep diz que isso não afeta os planos futuros da marca. A introdução da variante a combustão também ajuda o Avenger a ficar em pé de igualdade com seus principais rivais, que são oferecidos em versões elétricas e térmicas.
Dentro do segmento dos SUVs compactos, o Avenger perde em vendas para o Hyundai Kona e para os irmãos de Stellantis Peugeot 2008 e Opel Mokka, com quem compartilha a mesma plataforma CMP.
O Jeep Avenger é o primeiro elétrico da Jeep e sua produção foi iniciada em janeiro. A versão elétrica tem um motor de 156 cv e 26,5 kgfm e bateria de 54 kWh, que oferece uma autonomia de até 550 km. Uma versão 4X4 foi mostrada no Salão de Paris e deve chegar ainda esse ano. Em janeiro, ele foi eleito o carro do ano na Europa por um júri composto de 57 jornalistas de todo o continente.
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