Pouca gente sabe, mas a Mitsubishi é parte integrante da Aliança Renault-Nissan, que detém 34% das ações da fabricante japonesa conhecida por suas vitórías em ralis. Só que a cara da aliança pode mudar justamente com a possível saída da Mitsubishi do trio.
Isso pode ocorrer porque a Nissan pode vender parte ou todos os 34% que detém da Mitsubishi, diminuindo ou eliminando a marca da Aliança. Por enquanto, as duas fabricantes negam qualquer mudança na estrutura da empresa.
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Uma das possibilidades é que a Nissan venda sua parte para a Mitsubishi Corp, que já controla outros 20% da marca. Assim, a marca voltaria a ser independente.
Mudança dessa magnitude altera significativamente o formato da empresa vislumbrado por Carlos Ghosn, o emblemático CEO da companhia, que tinha a inclusão da Mitsubishi no grupo como um de seus maiores feitos.
O problema é que a Mitsubishi ainda luta para se tornar lucrativa, mas deve fechar o ano fiscal de 2020 com 140 bilhões de ienes no prejuízo. Isso enquanto a Nissan vem conseguindo amortizar suas perdas globais graças ao aumento da participação da marca na China.
A situação da Mistubishi pode piorar caso a saída da Aliança seja concretizada. A marca vem diminuindo sua participação na Europa, com o fim da venda de SUVs naquele mercado. Os Mistubishi também foram apontados como a marca que mais demora para vender unidades 0Km nos Estados Unidos.
A marca vem priorizando suas atenções para o mercado asiático, mas o fim da injeção de capital da Aliança pode afetar também esses planos.
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