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Motor flex é mais vantajoso que diesel para Toro, Compass e Commander

Com preço do diesel em alta enquanto a gasolina e o etanol estão mais baratos em todo o Brasil, vantagem das versões turbodiesel passa a ser a tração 4x4

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 set 2022, 08h50 - Publicado em 12 set 2022, 08h50
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  • Motores turbodiesel ainda são mais eficientes que os motores flex. Um tanque de diesel rende muito mais, mas também pesa muito mais no bolso quando o assunto é o custo por quilômetro rodado.

    Sai mais barato rodar com etanol ou gasolina no Brasil, hoje. Pelo menos no caso da Fiat Toro e dos Jeep Compass e Commander.

    Os três são raros modelos que ainda mantêm a opção de motor flex e diesel. Até o ano passado ainda existia picapes médias com motores flex, mas nenhum fabricante manteve a opção após o Proconve L7 entrar em vigor. Agora só há picapes médias a diesel à venda no Brasil.

    Fiat Toro
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No caso de Toro, Compass e Commander, os motores são os mesmos. Enquanto os flex usam o motor 1.3 GSE Turbo de 185 cv e 27,5 kgfm com câmbio automático de seis marchas, os diesel usam o motor 2.0 Multijet de 170 cv e 37,5 kgfm (38,7 kgfm no caso do Commander) com câmbio automático de nove marchas e tração 4×4 permanente.

    Mais barato para rodar

    Calculamos, então, o custo do quilômetro rodado para cada combustível, para os três carros. As médias de consumo urbano e rodoviário são as homologadas no programa de etiquetagem do Inmetro (Conpet) para as versões mais baratas de cada carro, com cada motor.

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    Os preços dos combustíveis considerados são do último levantamento da  ANP, apurados entre 28 de agosto e 3 de setembro em todo o Brasil. O preço médio nacional do litro de diesel é R$ 6,99. A gasolina custa, em média, R$ 5,17 e o álcool, R$ 3,71 o litro.

    Jeep Compass Longitude diesel
    Jeep Compass Longitude diesel (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Tanto para a Fiat Toro quanto para os Jeep Compass e Commander sai mais barato rodar com gasolina. Para o Compass, o custo do km urbano rodado é de R$ 0,50, enquanto para Compass e Commander custa R$ 0,53. Com etanol, o custo do km sobe para R$ 0,52; R$ 0,55 e R$ 0,54, respectivamente.

    Ainda considerando o consumo na cidade, o quilômetro rodado com diesel passa aos R$ 0,65 para o Compass, R$ 0,68 para o Commander e R$ 0,69 para a Toro.

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    Cidade (km/l) Estrada (km/l) Custo Km urbano Custo Km estrada
    Jeep Compass 1.3 GSE gasolina 10,4 12,1 R$ 0,50 R$ 0,43
    Jeep Compass 1.3 GSE etanol 7,1 8,6 R$ 0,52 R$ 0,43
    Jeep Compass 2.0 turbodiesel  10,7 13,8 R$ 0,65 R$ 0,51
    Fiat Toro 1.3 GSE gasolina 9,7 11,6 R$ 0,53 R$ 0,45
    Fiat Toro 1.3 GSE etanol 6,8 8,2 R$ 0,55 R$ 0,45
    Fiat Toro 2.0 turbodiesel 10,1 12,6 R$ 0,69 R$ 0,55
    Jeep Commander 1.3 GSE gasolina 9,8 11,8 R$ 0,53 R$ 0,44
    Jeep Commander 1.3 GSE etanol 6,9 8,3 R$ 0,54 R$ 0,45
    Jeep Commander 2.0 turbodiesel 10,3 11,9 R$ 0,68 R$ 0,59

    Em outras palavras, o custo do quilômetro rodado na cidade com motor turbodiesel chega a ser R$ 0,16 mais caro, no caso da picape. Considerando a autonomia de 606 km da Fiat Toro Freedom 2.0, o gasto extra por tanque de diesel será de R$ 97. Seu tanque cheio custa R$ 419,40.

    O diesel só seria mais vantajoso para os três modelos se o custasse R$ 5,30 o litro. Ou se custasse menos que a gasolina, o que era o normal até poucos meses atrás.

    Ter carro a diesel é mais caro

    Jeep Compass Diesel
    Motor 2.0 turbodiesel é o mesmo utilizado na Fiat Toro (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    A mecânica a diesel eleva consideravelmente o preço dos carros. Sempre foi assim. Se a Fiat Toro Freedom 1.3 turbo custa R$ 156.600, a mesma versão com motor turbodiesel custa R$ 192.900, R$ 36.600 a mais.

    O Jeep Compass Longitude diesel está tabelado em R$ 227.290, enquanto a opção flex custa R$ 179.990, uma diferença de R$ 47.300. Para o Commander a diferença é ainda maior: R$ 53.000 entre as versões Limited flex (R$ 236.990) e diesel (R$ 289.990).

    As versões a diesel só levam vantagem nas revisões, feitas em intervalos de 20.000 km ou um ano, enquanto a Toro flex para a cada 10.000 km e os Commander e Compass flex, a cada 12.000 km.

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    Usando a Fiat Toro como exemplo, até os 60.000 km as revisões das versões flex terão custado R$ 5.520, enquanto a soma das versões diesel seria R$ 4.172. Em todo o caso, só será vantajoso para quem roda bastante, pois as revisões são anuais e os serviços, individualmente, são mais caros.

    Uma curiosidade é que no Melhor Compra deste ano as Fiat Toro diesel revelaram ter seguro mais barato (R$ 5.460) do que as flex (R$ 5.992). No caso do Compass, porém, o custo dobra: passou dos R$ 3.676 no Longitude flex para R$ 6.466 no Longitude diesel. A desvalorização do diesel no primeiro ano também foi maior: 25,54% contra 1,4%.

    Levando na ponta do lápis, as versões a diesel dos três carros da Stellantis avaliados só valem a pena para um público: quem realmente faz questão ou precisa da tração 4×4.

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    Quem diria que o fato do Jeep Renegade 4×4 ter trocado o motor 2.0 turbodiesel pelo 1.3 trurboflex se mostraria um grande acerto? Pelo menos nesta atual conjuntura.

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