Atualmente, quem ultrapassa 50% do limite de velocidade no Brasil é obrigado a pagar uma multa de exatamente R$ 880,41. Há quem reclame da “indústria da multa”, mas esse valor é quase 100 vezes menor do que o cobrado pela mesma infração na Suíça, país mais rigoroso do mundo na hora de multar seus motoristas, segundo a Budget Direct.
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A seguradora australiana levantou o valor máximo das multas na maioria dos países do mundo. Os dados foram retirados dos órgãos oficiais de cada governo. No caso da Suíça e da Finlândia, onde a renda do infrator é usada na hora de calcular o desfalque na conta bancária, foi considerada a renda média do país.
No topo da lista, como dito, está a Suíça. Por lá, quem ultrapassar o limite estabelecido terá que pagar, em média, US$ 13.320 (R$ 74.725 reais na conversão direta), levando em consideração o salário médio dos trabalhadores suíços. Para efeito de comparação, na cotação da época em que o estudo foi feito, no Brasil o valor da multa mais cara era de apenas US$ 170,28.
No geral, a Europa é a campeã em rigorosidade. Logo atrás do país alpino vem a Finlândia, com o segundo maior tíquete médio (US$ 7.920). A Áustria fecha o top-3 do continente, com uma cobrança máxima de US$ 5.933,17.
Diferente do resto do continente, Ucrânia e Rússia são os países que apresentam as menores taxas para os infratores, com US$ 63,50 e US$ 68,39, respectivamente.
Brasil
Supreendentemente para alguns, nosso país não figura entre os mais rigorosos da América do Sul. Nossos hermanos argentinos são os líderes do continente e por lá um cidadão pode pagar até US$ 3.716 (R$ 20.945) — quase cinco vezes mais que o Suriname, segundo mais rigoroso, onde a multa pode chegar aos US$ 750,79.
Na frente do Brasil estão ainda Equador (US$ 340) e Chile (US$ 203,25). Já o Paraguai é o menos rígido entre todos os países da rígido, cobrando o equivalente a apenas US$ 0,13. Míseros 73 centavos de real para quem acelera em nosso vizinho.
Com multas menores que o Paraguai, inclusive, somente a Síria e o Sudão, que cobram US$ 0,08 (R$ 0,45) e US$ 0,07 (R$ 0,39) em suas multas por excesso de velocidade mais altas. No caso da Jordânia, os US$ 282 nem são o problema: exceder o limite de velocidade em mais de 70 km/h no país árabe pode render quatro meses de cadeia.
As multas mais caras da história
O estudo também levantou os maiores valores já pagos por motoristas apressadinhos, e a Suíça dominou o top-3.
Por lá, um turista sueco dirigindo um Mercedes SLS AMG teve que pagar o equivalente a US$ 767.000 (R$ 4,3 milhões) ao ultrapassar 170 km/h do limite de velocidade. Na ocasião, o veículo foi registrado a 290 km/h na estrada que liga as cidades de Berna e Lausanne e conseguiu evitar diversos radares, que não conseguiam captar uma velocidade tão alta.
O segundo lugar ficou com o motorista de uma Ferrari Testarossa, que pagou U$ 327.000 ao governo suíço. A velocidade no momento do registro é desconhecida. Já o terceiro lugar (modelo não identificado) teve uma penalidade um pouco mais leve, pagando U$ 320.000.
O país que registrou a multa mais cara fora da Suíça é a Bélgica. Por lá, um motorista foi flagrado a 72 km/h em uma via com limite de 50 km/h. O resultado, foi uma conta de US$ 226.560.
A Finlândia é outro país que se destaca nessa lista. O governo finlandês aplicou 14 das 20 multas por excesso de velocidade mais caras da história. A maior entre elas aconteceu em 2004 e custou US$ 217.000 ao infrator.