Após quase 15 anos fabricando carros no Brasil, a Nissan já se consolidou no país. Com pouco mais de 2% do mercado nacional, ela marca presença entre os populares (March), sedãs compactos (Versa) e picapes (Frontier). Mas faltava ingressar em um grupo restrito, onde poucos conseguem entrar: o segmento dos sedãs grandes.
O Altima chega ao Brasil para colocar a Nissan na linha de fogo contra Honda Accord, Volkswagen Passat, Hyundai Sonata, Kia Cadenza e, principalmente, Ford Fusion. Embora o nome seja praticamente desconhecido por aqui, ele é famoso pelas ruas norte-americanas. Atualmente está em sua quinta geração e vem para cá importado do Tennessee em versão única, ao competitivo preço de 99.900 reais – o mesmo valor pedido pelo Fusion 2.5 flex com teto solar.
O design é moderno, embora prime pela discrição. As linhas lembram muito os outros sedãs da Nissan, incluindo o recém-lançado Sentra e até o Versa. A culpa é da chamada “identidade visual”, marcada pelo desenho dos faróis e grade frontal. Lateral e traseira têm traços mais arrojados que seu parente Sentra, emulando o estilo dos cupês de quatro portas com teto curvado e traseira curta. O interior é bastante tradicional, com o já conhecido padrão elevado de qualidade no uso de materiais agradáveis ao toque.
A missão de impulsionar o sedã é do motor 2.5 de cinco cilindros em linha, que entrega 182 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 24,7 mkgf a 4.000 rpm. Acoplado a ele está uma transmissão continuamente variável (CVT), que oferece o Adaptive Control Shift (ACS), sistema que adapta a transmissão ao estilo de condução e às condições do pavimento.
Se o competidor da Nissan não oferece a tecnologia flexível (ele bebe apenas gasolina), ele se redime na extensa lista de equipamentos. O sedã traz monitoramento de pontos cegos, detector de objetos em movimento, câmera de ré, alerta de mudança de faixa de rolagem sem sinalização (funciona até 60 km/h), monitoramento da pressão dos pneus, GPS, freios a disco nas quatro rodas com anti-travamento (ABS), distribuição de frenagem (EBD) e assistência de emergência (BA), controle de subesterço (ou Active Understeer Control, que freia as rodas dianteiras nas curvas para reduzir a guinada do veículo) e controles de estabilidade e de tração. Há também acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital bizona, piloto automático, volante multifuncional com aquecimento, seis airbags, rodas de liga leve aro 17 e sistema de som Bose com nove alto-falantes, rádio CD Player, leitura de arquivos em MP3 e entrada auxiliar USB. Até os bancos mereceram atenção especial, com aquecimento, revestimento em couro, regulagens elétricas para o motorista e uma inédita tecnologia de ergonomia desenvolvida em conjunto com a NASA.
Para quem gostaria de uma versão um pouco mais potente – especialmente os clientes que não dispensam a segurança da blindagem -, a Nissan afirma que, por ora, não pretende trazer a versão V6 ao Brasil.