Nos EUA, elevação do limite de velocidade teria causado mais mortes
Estudo do IIHS diz que cada elevação de 8 km/h gera um aumento de 4% nas mortes em estradas
O Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), um dos órgãos responsáveis por fazer os conhecidos testes de colisão nos Estados Unidos, divulgou um estudo no qual indica que o aumento de velocidade nas estradas do país gerou um aumento no número de mortes ao longo dos últimos 20 anos.
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Com dados de 1993 a 2013, o relatório faz uma análise estatística das informações sobre acidentes de trânsito ocorridos nos EUA. Em 1987, o limite de velocidade de 55 mph (88,5 km/h) implantado na década de 1970 – quando explodiu a crise do petróleo e o governo se preocupava com a diminuição do consumo – subiu para 65 mph (104,6 km/h) nas vias fora das zonas urbanas. Em 1995, cada estado passou a definir os limites de velocidade nas suas rodovias.
Um estudo divulgado pelo IIHS em 1999 já mostrava que, logo após o aumento do limite em 1987, os acidentes fatais aumentaram nas estradas rurais. Além disso, demonstrou-se que depois que o limite nacional de velocidade foi revogado em 1995, as mortes em rodovias aumentaram ainda mais. O IHSS incluiu na nova pesquisa os 41 estados (nove foram omitidos devido às variações nas taxas de mortalidade anuais) com o maior número de milhas percorridas a cada ano. Foram analisadas as mortes por bilhão de milhas percorridas para cada estado e tipo de estrada e constatou-se que, se acrescido 5 mph (8 km/h) no limite de velocidade, há um aumento de quatro por cento nas mortes em acidentes rodoviários.
A conclusão final da pesquisa é que, nesse período de 20 anos, houve 33.000 mortes adicionais nos EUA por conta do aumento da velocidade máxima nas estradas rurais – o relatório não considera os aumentos de velocidade das rodovias em áreas urbanas.