Nova Toyota Hilux 2027 é revelada com design mais moderno e tem até versão elétrica
Nova geração da picape é revelada na Tailândia com visual inspirado na americana Tacoma, mas ainda não tem data para estrear no Brasil
A Toyota acaba de apresentar a nona geração da Hilux na Tailândia. A picape média mais vendida do mundo entra em uma nova era ao adotar a filosofia “multienergia” da marca. Isso significa que, pela primeira vez, a Toyota Hilux 2027 terá uma versão totalmente elétrica (BEV), além de uma futura variante movida a célula de hidrogênio (FCEV) confirmada para 2028. O lançamento na Ásia será em dezembro de 2025 e ainda não tem data para chegar ao Brasil.
A estratégia não abandona totalmente a combustão. A versão Hybrid 48V (híbrida-leve) será a principal opção na Europa e será adotada em mais países, continuando a trabalhar com o motor 2.8 turbodiesel. Para alguns mercados, a novidade é que o antigo 2.4 diesel sairá de linha. enquanto alguns locais continuarão com o 2.7 a gasolina, como é o caso do Leste Europeu.
Em nenhum momento a Toyota falou sobre uma nova plataforma para a picape, o que acaba com confirmar que a Hilux realmente não recebeu a arquitetura TNGA, mantendo a base anterior.
Hilux BEV: Foco no torque e robustez
A novidade mais impressionante da Toyota Hilux 20267 é a versão 100% elétrica, uma apresentação curiosa ao considerar como a fabricante tem falado que os híbridos são a solução ao mesmo tempo em que investe menos nos elétricos. Ela utiliza uma bateria de íon-lítio de 59,2 kWh e dois eixos elétricos (eAxles), garantindo tração integral permanente. O motor dianteiro entrega 20,9 kgfm e o traseiro, 27,4 kgfm.
A Toyota garante que a robustez foi mantida. A picape preserva a construção de carroceria sobre chassi e a bateria possui proteções contra água e impactos. Segundo a marca, a capacidade de imersão é a mesma dos modelos a combustão.
Os dados preliminares da Hilux e-Travo, porém, indicam foco em operações específicas, não em longas distâncias. A autonomia estimada é de 240 km (ciclo WLTP). A capacidade de carga útil é de 715 kg e a de reboque é de 1.600 kg. Para o off-road, a picape elétrica usará um sistema Multi-Terrain Select (MTS) que gerencia freios e torque para simular o efeito de uma marcha reduzida.
Hybrid 48V e o fim da cabine simples
Para quem precisa de capacidade máxima, a resposta será na Hilux Hybrid 48V. O sistema híbrido-leve, que já equipa a picape desde 2025, será o motor principal da nova geração, com produção iniciando no segundo trimestre de 2026.
Ele combina o motor 2.8 diesel a um pequeno motor-gerador elétrico, alimentado por uma bateria de 48V sob o banco traseiro. O foco é o refinamento na partida e em acelerações. Diferente da Hilux elétrica, esta versão mantém os números tradicionais da Hilux: 1.000 kg (1 tonelada) de carga e 3.500 kg de capacidade de reboque. A capacidade de imersão é de 70 cm.
A Toyota não falou sobre melhorias para o motor 2.8 turbodiesel. A configuração disponível na Tailândia ainda gera 204 cv e 50,9 kgfm, mesmos números da versão vendida no Brasil, combinado ao câmbio automático de 6 marchas. Não há nem menções à calibração de 224 cv e 55 kgfm oferecida por aqui na Hilux GR-Sport.
Visualmente, a nona geração adota o tema “Tough and Agile” (Robusto e Ágil). A dianteira exibe faróis mais finos, ligados por uma barra central com o nome “TOYOTA” em estilo clássico. A versão BEV se diferencia pela grade fechada (para melhor aerodinâmica) e rodas exclusivas.
A Toyota mudará um pouco a estratégia, focando na venda das versões de cabine dupla na maioria dos mercados. Alguns países ainda terão as opções de cabine simples e cabine-chassi, como é o caso da Tailândia.
Interior de Land Cruiser e direção elétrica
A cabine foi totalmente redesenhada, com inspiração direta no novo Land Cruiser e deixando a picape muito mais moderna. O painel adota linhas horizontais e recebe um quadro de instrumentos digital customizável de 12,3 polegadas, além de uma nova central multimídia também com 12,3 polegadas.
Esta é a primeira Hilux equipada com direção elétrica. A Toyota promete uma operação mais direta e menos “coices” no volante em pisos irregulares. No entanto, o EPS será restrito às versões mais caras e a variante elétrica, com as demais mantendo o sistema hidráulico.
O pacote de segurança Toyota T-Mate (ADAS) foi expandido, incluindo Supressão de Aceleração em Baixa Velocidade, Assistente de Condução Proativo e Sistema de Parada de Emergência. A picape também está apta a receber atualizações remotas (over-the-air).
E o Brasil?
Até o momento, a Toyota ainda não anunciou o investimento para a fábrica em Zárate (Argentina), gerando dúvidas sobre um possível lançamento em 2026. No entanto, a picape foi vista rodando em testes no país vizinho, mostrando que a divisão argentina já começou o desenvolvimento local, como adiantam as fotos publicadas pelo site Argentina Autoblog.
Espera-se que a nova Hilux chegue ao Brasil com o sistema híbrido leve de 48V, cumprindo a promessa da marca de oferecer uma versão eletrificada para cada um de seus carros vendidos no país. Executivos da Toyota comentaram diversas vezes sobre a produção de uma variante eletrificada na Argentina e, recentemente, surgiram informações até sobre a fabricação da Hilux elétrica no país vizinho.
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