Para o diretor executivo da Audi Sport, Sebastian Grams, os novos Audi RS 3 nasceram para serem esportivos usáveis no dia a dia e, ao mesmo tempo, emocionantes para correr nas pistas. Isso porque a nova geração dos modelos (terceira do hatch e segunda do sedã) ficou ainda mais rápida e com uma dinâmica aprimorada por atributos mecânicos e tecnológicos. A estreia no Brasil pode ocorrer até o início de 2022.
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O motor dos RS 3 permanece o mesmo 2.5 turbo de 5 cilindros da geração passada, com sequência de ignição 1-2-4-5-3, repetindo também os 400 cv entre 5.600 e 7.000 rpm, e a transmissão de dupla embreagem de 7 marchas. A diferença vem no torque, agora de 51 kgfm – ou 2 kgfm a mais.
De acordo com a Audi, há uma nova unidade de controle do motor que aumenta a velocidade de comunicação entre os componentes. Assim, segundo a marca, hatch e sedã vão de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e têm a velocidade máxima limitada a 250 km/h. Um pacote opcional, porém, eleva o limite para 280 km/h. A aceleração oficial ficou 0,3 segundo mais rápida em relação ao modelo anterior.
O mais surpreendente nisso é que tanto o RS 3 Sedan como o hatch são mais rápidos que a perua RS 4 Avant, que precisa de 4,1 s para chegar aos 100 km/h, de acordo com a Audi.
O sistema de escape dos modelos agora possui um controlador de abertura, que pode variar para reduzir ou aumentar a sinfonia dos 5 cilindros emitida pelos escapamentos. O ruído varia de acordo com os modos de condução e pode ficar ainda mais potente com o escape esportivo RS opcional.
Na suspensão, exclusiva dos RS 3, a marca promete respostas sensíveis para compressão e descompressão já no conjunto padrão.
Caso o comprador queira ir além, um segundo conjunto batizado de Plus oferece controle adaptativo nos amortecedores, que se ajustam conforme as condições do asfalto, o modo de direção e o modo de condução selecionado no Audi Drive Select. Os RS 3 são 25 mm mais baixos do que o A3 e 10 mm em relação ao S3.
Além disso, os esportivos ganham um grau de curvatura negativa das rodas dianteiras com pouco menos de 1 grau em relação ao A3 convencional, prometendo maior precisão nas repostas da direção e suporte a força lateral maior nas curvas em altas velocidades. Os freios têm seis pistões para conterem a potência dos esportivos e podem ser de cerâmica, opcionalmente.
Todos os componentes relevantes para a dinâmica dos RS 3 são interligados por um controlador modular, que capta dados destes componentes e permite uma interação mais rápida e precisa entre eles. Se comunicam parâmetros como divisor de torque, amortecedores adaptativos e o controle de torque.
O destaque da nova geração, porém, fica para o inédito RS Torque Splitter, um sistema de distribuição de torque que promete atuar em conjunto com a tração integral “quattro” para aprimorar estabilidade e agilidade nas curvas.
Diferentemente de um diferencial no eixo traseiro, o novo divisor usa uma embreagem de disco múltiplo controlada eletronicamente. Durante uma condução mais esportiva, o sistema aumenta o torque da roda traseira externa nas curvas para reduzir as chances de que o carro saia de traseira. Em linha reta, as duas rodas traseiras receberão a mesma força. Clique aqui para ver mais detalhes do sistema.
Ao todo, os novos RS 3 terão seis modos de condução diferentes: Comfort, Efficiency, Auto, Dynamic, RS Torque Rear e RS Performance.
Esportividade também no desenho
A dianteira é, sem dúvidas, o ângulo mais agressivo dos novos Audi RS 3. Apesar de parecer maior, a grade tem o mesmo tamanho da vista no S3, mas com trama exclusiva e borda preta, simulando uma interligação com os faróis. A solução é a mesma do RS Q8 para dar mais esportividade.
O que muda em relação ao S3 são as extremidades do para-choque, com aberturas maiores que permitem a entrada de mais refrigeração no motor e nas rodas. Os faróis são full LED e, opcionalmente, podem ser de LED Matrix, ainda mais eficientes e com uma assinatura que remete a uma bandeira quadriculada.
Hatch e sedã são equipados com novas rodas de 19 polegadas que podem ser calçadas com pneus de alto desempenho semi-slick Pirelli P Zero Trofeo R.
Na traseira, os modelos podem ser identificados pela abertura que vai de um lado a outro no para-choque, com trama de colmeia – mas a abertura é falsa, não há qualquer fluxo de ar por ali. Mais abaixo, como característica dos Audi RS, há duas grandes saídas de escape ovais. O aerofólio do sedã, instalado na tampa do porta-malas, é mais discreto do que o visto no S3 Sedan.
O interior também busca reforçar a esportividade dos modelos com revestimento em fibra de carbono na porção central, além aplicar as cores verde ou vermelho nas saídas de ar, nas costuras dos bancos e das portas, e na faixa central do volante, revestido de Alcantara e com base achatada.
Os bancos esportivos possuem grandes abas laterais e podem ter, como opcional, revestimento de couro Nappa e costuras formando favos de mel, como nas imagens.
O quatro de instrumentos, representado por uma tela de 12,3 polegadas, apresenta informações como gráficos de barras para mostrar potência e torque, números de velocidade, marcações de acelerações e força G. Já a central multimídia tem uma tela de 10,1 polegadas, que pode mostrar ainda mais informações dinâmicas do veículo, além de possuir conexão com Apple Carplay e Android Auto.