Novo BMW Série 3 chega em setembro já com produção nacional; X1 em 2023

Os novos BMW Série 3 e X1 mal foram lançados globalmente e já estão confirmados ao Brasil com produção nacional, em Araquari (SC). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (14) pela marca e faz parte do investimento de R$ 500 milhões anunciados em novembro de 2021, que incluíram também novas versões de X3 e X4.

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Surpreende a rapidez em que os modelos chegarão ao mercado brasileiro, especialmente o novo Série 3. O sedã chegará às lojas, já produzido em solo brasileiro, no próximo mês de setembro – menos de dois meses após ser apresentado ao mundo.

“Confirmar a produção de novos modelos, apenas dois meses após as respectivas apresentações na Europa, reforça a confiança que a matriz tem em nosso time para produzir com tecnologia, qualidade e paixão no Brasil”, diz Otávio Rodacoswiski, diretor geral da fábrica da BMW em Araquari.

A BMW não detalhou quais serão as versões e motorizações do modelo, mas é possível que elas não sejam alteradas. Ou seja, as versões 320i, únicas feitas por aqui, deverão permanecer com o motor 2.0 de 184 cv. As configurações 330e e 340i continuariam importadas, já que utilizam tecnologias híbridas (plug-in na primeira e leve na segunda).

O modelo passou por alterações significativas na carroceria, com novos para-choques, faróis e rodas. No entanto, as maiores mudanças ficaram para o interior do novo Série 3, que passa a ser idêntico ao do elétrico i4 (também já confirmado ao Brasil).

Enquanto as partes inferiores do painel seguem inalteradas (com exceção do sumiço de alguns botões físicos), o quadro de instrumentos e a central multimídia foram substituídos por um conjunto curvo de telas: a do quadro de instrumentos tem 12,3 polegadas, enquanto a da multimídia tem 14,9. Também é uma solução parecida com a do elétrico iX.

X1 fica para depois

No caso do X1, que é um modelo totalmente novo, o desafio é maior. Por isso, sua estreia ficará para 2023. Este, aliás, é ainda mais recente e foi apresentado há pouco mais de um mês.

Apesar de tentar esconder o jogo, durante a apresentação, Aksel Krieger, presidente e CEO da BMW do Brasil, deixou escapar que o SUV seguirá com a versão 20i por aqui, embora esta configuração não tenha sido apontada no lançamento global do modelo.

Ele justificou dizendo que, além do Brasil, outros países utilizam este motor, que tem 192 cv atualmente. Por isso, mesmo que não seja vendido no mercado europeu, está garantido por aqui. Mas não apenas: Krieger também deu um spoiler de que o modelo terá uma segunda motorização nacional. Esta, ainda em segredo.

Assim como o Série 3, o X1 também deverá ter versões importadas por serem eletrificadas. Isso porque, na nova geração, o SUV estreia duas versões híbridas plug-in, de 245 a 326 cv, e uma elétrica, com dois motores que somam 313 cv. São grandes as chances de termos por aqui ao menos uma versão híbrida e a totalmente elétrica.

Eletrificação, capacidade e engenharia nacionais

Inaugurada em 2014, a fábrica da marca em Araquari (SC) opera hoje de forma exclusiva para atender ao mercado brasileiro. São cerca de 10.000 unidades produzidas por ano na unidade, mesmo que a capacidade total seja de aproximadamente 32.000. Atualmente, quatro modelos da BMW são produzidos em solo nacional: Série 3, X1, X3 e X4.

Seria uma capacidade suficiente, além do padrão de qualidade global, para exportação. Os executivos da marca apontam, porém, que não há novos planos de exportação, apesar de seguirem avaliando o cenário. Em 2016, unidades do BMW X1 produzidas na unidade catarinense chegaram a ser exportadas aos Estados Unidos.

Outro quesito que segue em avaliação, segundo os executivos, é a produção local de modelos híbridos. Eles garantem que a fábrica está preparada e, os funcionários, treinados. Porém, o baixo volume nas vendas dos carros que combinam motores a combustão e elétrico ainda não justifica a nacionalização. “Nós sempre avaliamos”, dizem.

Por fim, a marca revelou que as motorizações e os sistemas de infoentretenimento dos novos Série 3 e X1 já estão prontos e foram aprimorados pelo time de engenharia brasileiro da BMW. Isso graças ao protagonismo conquistado pelo Brasil para desenvolver e validar testes locais de qualidade.

As principais mudanças feitas na mecânica de ambos os modelos, segundo a marca, estão nas adaptações para que eles atendam às normas do Proconve L7. Assim, modificações foram feitas especialmente nos sistemas de gases de escape e de tanque de combustível.

Na parte de entretenimento, os testes foram realizados de forma discreta, como aconteceu no elétrico iX, em protótipos “disfarçados”. Os sistema do novo Série 3 foram validados em uma unidade do modelo vendido atualmente, enquanto os do X1 foram testados em um X5.