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Moderno à moda antiga, Mustang GT500 tem tração traseira e V8 com 770 cv

O mais forte dos Shelby tem o mesmo V8 5.2 já usado em outras versões, mas envenenado com um compressor mecânico

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 7 ago 2019, 13h39 - Publicado em 7 ago 2019, 07h55
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    Mustang Shelby GT500 2020: o carro de rua mais potente que a Ford já produziu (Divulgação/Ford)

    O Ford Mustang Shelby GT500 2020 apareceu pela primeira vez no Salão de Detroit, no início de 2019, mas só agora a versão definitiva foi anunciada, quase idêntica ao carro do Salão – o que, por si só, já é uma excelente notícia.

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    Área frontal foi aberta para manter a temperatura do cofre sob controle e também para alimentar o compressor mecânico Roots (Divulgação/Ford)

    O grande destaque, obviamente, é o conjunto de força. O motor, bem ao gosto do público norte-americano, é um V8 5.2 envenenado pela Shelby com um compressor mecânico do tipo Roots de 2,65 litros.

    Sua potência máxima é de 770 cv, a maior dentre os carros de rua já produzidos na história da Ford.

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    O compressor mecânico Roots do novo Mustang Shelby GT500 (Divulgação/Ford)
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    O câmbio escolhido é fornecido pela Tremec, empresa de origem norte-americana que se notabilizou nos anos 80 e 90 como fornecedora de transmissões para motores de elevado nível de torque e que hoje pertence ao Grupo Kuo, do México.

    Trata-se um caixa automatizada de dupla embreagem de alta performance com sete marchas e  atuadores controlados por computador capazes de realizar trocas em cerca de 80 milésimos de segundo, de acordo com a Ford.

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    Eis o dono da cavalaria toda: 770 cv no V8 Coyote com supercharger (Divulgação/Ford)

    Ou seja: diferente do GT350, cuja potência do V8 aspirado da família Voodoo para em “apenas” 533 cv, o V8 Supercharger – uma versão evoluída da linhagem Coyote – chega a brutais 770 cv.

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    Pintura especial, com faixa longitudinal é um dos itens opcionais (Divulgação/Ford)

    Para suportar tamanha potência, todo o miolo do motor (que conta com bloco, cabeçote e cárter de alumínio) foi reforçado. Pistões, bielas e virabrequim são de aço forjado e os cilindros têm camisas aço-carbono.

    Os freios, claro, acompanham a lata performance: fornecidos pela Brembo, contam com pinças de seis pistões e discos de 420 mm na dianteira e quatro pistões e 370 mm na traseira.

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    Feios são tão colossais quanto a performance, com pinças Brembo de seis pistões na dianteira e quatro na traseira (Divulgação/Ford)
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    O lado racional também foi levado em consideração. Os modos de condução, assim como no Mustang “civil” que é vendido no Brasil, começam em “somente” 466 cv e conferem múltiplas personalidades ao muscle.

    Obviamente, não dá para esperar o mesmo nível de elogios ao conforto no modo mais pacato, mas a marca diz que a versatilidade é um dos pontos altos do GT500.

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    Piscas com acendimento sequencial, de dentro para fora, foram mantidos na versão especial (Divulgação/Ford)

    Ainda de acordo com a marca, o GT500 2020 acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 3,5 segundos. Nada mal para um modelo com tração apenas nas rodas traseiras.

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    A imagem da serpente no volante e nos bancos de competição reforçam o caráter esportivo do Shelby (Divulgação/Ford)

    Os preços, assim como a performance e o visual, são de tirar o fôlego. Ainda não constam no site da Ford dos Estados Unidos, mas já circula na internet que concessionários da marca deram com a língua nos dentes.

    Começariam em 74.000 dólares (cerca de R$ 296.000, em conversão direta) e poderiam beirar os 100.000 dólares (R$ 400.000) em função dos opcionais.

    Só o pacote de itens de pista de fibra de carbono (com rodas aro 20, aerofólio, bancos Recaro e apêndices aerodinâmicos) custaria 18.500 dólares (R$ 74.000).

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    Para efeito de comparação, um Mustang GT Premium como o “brasileiro” sai por menos de 50.000 dólares – aqui, o preço de tabela é R$ 315.900.

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    A persiana com aletas ajuda na extração do ar quente do cofre do motor (Divulgação/Ford)
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