Novo Mercedes-AMG GT tem V8 de 585 cv para rivalizar com Porsche 911
Mercedes-AMG GT tem novo chassi e motor V8 do irmão SL, mas deixa de oferecer versão conversível
O Mercedes-AMG GT passou perto de ser descontinuado, mas a marca garantiu, em 2021, que ele não sairia de linha e conviveria com novo SL. Cumprindo a promessa, a Mercedes-Benz revelou o novo GT. No design, nenhuma mudança foi radical e o esportivo pode ser facilmente reconhecido. Mas, em todo o resto, a nova geração apresenta melhorias e até algumas mudanças para a linha.
Como adiantado em 2021, agora o GT será exclusivamente cupê. A versão conversível foi substituída pelo Mercedes-AMG SL. Mas as mudanças ficam apenas no nome e na carroceria, já que a montadora adiantou que boa parte das mudanças trazidas para o GT, também serão usadas no roadster.
Entre essas novidades em comum está o novo chassi. A estrutura desenvolvida pela Mercedes é feita de alumínio, aço, magnésio e compósitos de fibra de vidro e carbono. As melhorias podem ser vistas, principalmente, no espaço interno para dois passageiros dos bancos traseiros e na capacidade do porta-malas, que pode variar entre 321 litros e 675 litros.
Ele também ficou maior, mais largo e mais alto. No comprimento, o cupê ganhou 1,82 cm, chegando a 4,73 cm, enquanto sua distância entre-eixos aumentou em 7 cm, totalizando 2,7 m. Suas outras medidas são 1,98 m de largura (aumento de 4,5 cm) e 1,35 m de altura (aumento de 6,6 cm).
Essas medidas foram ajustadas para melhorar a aerodinâmica. Embora no geral o design permaneça muito semelhante, o GT foi cuidadosamente esculpido para melhorar sua resistência ao ar. Entre essas mudanças é possível reparar nos para-lamas, que ficaram mais pronunciados na traseira, além dos sistemas ativos no assoalho do carro e o spoiler traseiro ativo.
Para quem puder pagar, a Mercedes ainda disponibilizará um pacote aerodinâmico como opcional, com defletores de ar dianteiros adicionais, um difusor traseiro mais pronunciado e uma asa traseira fixa. Também há rodas opcionais de 21 polegadas para substituir as padrões de 20.
Por dentro, o GT foca na esportividade sem deixar o luxo de lado. Os bancos do tipo concha têm aquecimento como opcional e são revestidos com materiais premium, assim como o volante AMG Performance.
No centro do painel, há uma central multimídia com sistema MBUX da Mercedes de 11,9 polegadas. Para o quadro de instrumentos há outro display maior, de 12,3 polegadas, que pode ser personalizado com os layouts da AMG, que priorizam as principais informações para um dia de pista.
O mais importante está debaixo do capô. O AMG GT busca rivalizar, entre outros esportivos, com o Porsche 911. Para isso ele traz um motor V8 biturbo 4.0 com duas configurações diferentes. Na mais fraca, reservada para a versão 55, o motor entrega 476 cv e 71,4 kgfm, fazendo o cupê ir de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos e podendo alcançar até 295 km/h de velocidade máxima.
Já no GT 63, o V8 passa a entregar 585 cv e 81,6 kgfm de torque. Nessa configuração, o tempo de 0 a 100 km/h cai para 3,2 segundos, enquanto a velocidade máxima sobe para 315 km/h. Nos dois casos, a transmissão é a automática AMG Speedshift de 9 marchas, com embreagem de partida úmida no lugar do conversor de torque.
O cupê traz ainda tração integral totalmente variável (o anterior tinha tração traseira), suspensão com estabilização de rolagem ativa, diferencial de travamento traseiro eletrônico e direção ativa do eixo traseiro.
Essas opções são as mesmas do conversível SL, que também oferece uma versão de entrada com motor quatro cilindros. Porém não há confirmação da Mercedes se o GT terá uma variante mais mansa igual à do irmão. O mais provável é que ele receba uma versão híbrida plug-in em um futuro próximo.
O Mercedes-AMG GT está programado para chegar ao mercado americano na primeira metade de 2024. Seu preço ainda não foi anunciado, mas deve ficar na casa dos U$ 100.000, equivalente a cerca de R$ 500.000.