Revelado na Europa, novo VW Polo não irá aposentar o Fox
Hatch chega ao Brasil até o fim de 2017 e dará origem a outros três modelos
O nome Polo não traz boas lembranças à Volkswagen no Brasil. Antes associado ao sedã importado da Argentina entre 1996 e 2002 com o sobrenome Classic, o carro renasceu em 2002 com a proposta de ser um compacto premium de nível mundial, muito antes deste segmento se popularizar por aqui.
Apesar de moderno e refinado, o Polo foi considerado caro demais para um veículo de porte semelhante ao Gol. Ganhou fãs fiéis pela qualidade de construção e dirigibilidade, mas nunca virou um sucesso de vendas, amargando o papel de coadjuvante de pouco brilho até sair de cena em 2014.
A nova geração do Polo, finalmente apresentada em Berlim, deve começar a ser vendido no Brasil até o final do ano, e tem ambições maiores por aqui: ela vai servir de base para um novo sedã (o Virtus, cuja produção começa ainda em 2017), um SUV compacto (baseado no conceito T-Cross) e um quarto produto não revelado pela montadora – .possivelmente uma picape de porte intermediário para concorrer com a Fiat Toro.
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Diversas tecnologias serão adotadas pela primeira vez na sexta geração do Polo, como assistência de estacionamento (park assist), piloto automático adaptativo, frenagem de emergência, alerta de pontos cegos e alerta de permanência em faixa, entre outros itens.
Até o painel digital dos Audi e VW mais sofisticados está na lista de equipamentos de série das versões mais caras – e ele também deve ser oferecido no Brasil. A tela da nova central multimídia tem oito polegadas, uma das maiores da categoria.
Maior por todos os lados, o Polo tem 4,05 m de comprimento (7 cm maior do que a geração anterior) 1,75 m de largura (7 cm a mais), 1,44 m de altura e distância entre-eixos de 2,56 cm (9 cm maior). O design foi inspirado nos últimos lançamentos da marca, como o sedã Arteon, com a grade frontal emulando uma pequena extensão do capô.
Serão oferecidas três opções de motorização a gasolina no mercado europeu, todas com injeção direta de combustível e turbocompressor: 1.0 TSI (120 cv na Europa), 1.5 TSI (150 cv) e 2.0 TSI (200 cv), esta última disponível apenas na versão esportiva GTI – também apresentada no evento realizado na Alemanha.
No Brasil, é provável que o modelo seja oferecido em configurações mais simples, incluindo o motor 1.6 MSI (120 cv) e o 1.4 TSI (150 cv).
Até agora sabe-se apenas que o Polo será produzido na planta de São Bernardo do Campo, que foi amplamente modernizada e adaptada para receber a nova linha de montagem. Questionada por algumas publicações brasileiras, a VW Brasil limitou-se a dizer que o Polo terá várias tecnologias presentes no modelo europeu.
A assessoria de imprensa também afirmou que nenhum modelo será descontinuado com a chegada do Polo ao país. Isso significa que a marca deve realizar um inevitável sobreposicionamento de faixa de preços de seus cinco hatches.
A distribuição pode ficar assim: o Gol atual se firma como carro de entrada da Volkswagen, abaixo do Up! (recém-reestilizado e mais bem equipado). Na faixa mais intermediária surge o Fox, até então o modelo mais cotado para ser aposentado devido à idade avançada do projeto lançado em 2003. Aí surge o novo Polo, que ficaria abaixo apenas do Golf.
Considerando este cenário, a VW acredita que o Polo ocupará o segmento atualmente denominado de compactos premium. Nele estão tanto as versões mais caras de Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Fiat Argo como Citroën C3 e Ford New Fiesta, modelos originalmente enquadrados neste grupo desde seus lançamentos – além do Honda Fit, um monovolume que também acaba concorrendo numa faixa de preço um pouco superior.
A marca não divulgou estimativas de preços, mas sugeriu que o Polo seguirá a faixa de valores praticada pelos rivais citados anteriormente – ou seja, podemos esperar algo em torno de R$ 50 mil a R$ 80 mil.