Renne Arantes Gonçalves não tem olhos puxados, mas não resiste a um carro japonês.
Tudo começou em 2001, depois que o comerciante assistiu ao filme Velozes e Furiosos. Ele saiu do cinema apaixonado por um Toyota Supra. Esse novo amor o levou a uma busca intensa na internet, até que, em 2006, encontrou seu objeto de desejo em um anúncio.
O flerte terminou em namoro e o fã levou para casa o tão sonhado Supra Turbo RZ 1994.
Quando o adquiriu, a princípio, ele imaginava que não mexeria em um único parafuso. Mas o destino dos dois não queria que fosse assim. Rodas, molas de suspensão, kit aerodinâmico e motor, peça por peça, todas foram modificadas ou substituídas. Desde então, a preparação de automóveis se tornou um vício.
“Existe essa cultura no Japão de preparar o carro. Desde os anos 90, os japoneses já utilizam carros com mais de mil cavalos”, comenta.
O xodó do dono sempre chamou atenção. Mas era a hora de dividir a devoção com novos amores. E novas companhias conquistaram o coração do empresário. Um Mazda RX-7 1993 e um Mitsubishi 3000GT 1994 passaram a dividir sua garagem.
Aos 32 anos, Renne ainda não pôde ir ao Japão. Mas já é conhecido pelo seu gosto para carros e sempre é apresentado a novos esportivos japoneses.
Hoje a coleção conta com oito carros. Além dos já citados, ele tem quatro modelos da Nissan (GT-R 2011, Skyline R33 GT-R V-Spec 1995, 350Z 2008 e um 300ZX Turbo Steve Millen 1991) e um Subaru Impreza WRX STI 2011. “Esses carros são como filhos para mim. E, como um verdadeiro pai, não consigo dizer de qual filho gosto mais. Não tem como”, fala Gonçalves.
Alguns deles vieram com aventuras, como o GT-R, que veio de guincho de Brasília para São Paulo. O 3000GT VR-4, o Impreza WRX e o 300ZX vieram do Rio de Janeiro, Cascavel e Passo Fundo, respectivamente. Foi o próprio Renne quem os levou rodando até Itatiba (SP), onde mora.
Todos os esportivos foram modificados após a compra. Renne conta que, ao preparar um motor, é necessário modificar todo o conjunto: de suspensão a freio, tudo precisa melhorar para aumentar a eficiência. E, claro, o visual não fica de fora.