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O que esperar do Rally dos Sertões 2023?

Tudo pronto para a competição mais importante do rali nacional, que este ano terá um percurso mais curto, mas promete ser ainda mais severa e desafiadora

Por Da Redação
8 ago 2023, 04h00
Hunter
O protótipo Hunter estreia na prova com a equipe X Rally  (Divulgação/Divulgação)
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De 11 a 19 deste mês, acontece a 31a edição do Rally dos Sertões. A principal novidade no grid, entre carros, UTVs e motos, é o protótipo Prodrive Hunter T1+, da equipe X Rally. É a primeira vez que uma equipe brasileira disputa o Sertões com esse veículo, famoso por suas aparições (e vitórias) no Rali Dakar.

Pilotado pelos irmãos Cristian e Marcos Baumgart, o Hunter T1+ é produzido pela Prodrive, fabricante inglesa com larga experiência em competições. Ele tem chassi tubular, carenagem de fibra de carbono, motor 3.5 V6 de 400 cv e tração integral entre outras características.

L200 Triton Sport Racing da Spinelli
(Hyset/Divulgação)

A segunda estreia importante é a volta da Mitsubishi às trilhas. A marca, que estava havia sete anos sem disputar oficialmente, retorna em parceria com a Spinelli Racing, equipe que tem como piloto Guilherme Spinelli, cinco vezes vencedor do Sertões. O carro da equipe será a nova versão da L200 Triton Sport Racing.

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Hunter e L200 correm na categoria T1, na companhia da Toyota Gazoo Racing Hilux DKR T1+/MEM, carro vencedor do ano passado, com a dupla Lucas Moraes e Kaique Bentivoglio, que nesta edição participam como pilotos oficiais da Toyota.

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Prova do laço

Diferentemente do ano passado, quando a competição comemorativa de número 30 percorreu o Brasil de sul a norte (do Paraná até o Pará), o Sertões BRB 2023 ficará restrito a apenas uma região, a Nordeste. Mais precisamente a três estados: Bahia, Pernambuco e Ceará. O total de quilômetros percorrido anteriormente foi 7.216, em 15 dias. Agora, os corredores disputam em 3.800 km, em nove dias. Mas isso não implica necessariamente em menos adrenalina. Segundo os organizadores, o percurso deste ano será o mais exigente e desafiador de todos os tempos.

Sertões
Corredores, equipes e organizadores somam cerca de 2.000 pessoas (Divulgação/Divulgação)

“Não é o maior, mas é o melhor”, diz o diretor técnico, Edgar Fabre. E adverte: “Os competidores que se preparem. Quando acharem que está tudo dominado, poderão ter um choque de realidade”. Uma das máximas que existe no meio do rali diz que “quanto pior, melhor”.

Este ano, o roteiro tem deslocamentos mais curtos e etapas em forma de “laço”, como dizem os organizadores. Ou seja: com os carros largando e chegando nas mesmas cidades. O Sertões vai passar por cinco cidades: Petrolina (PE), Xique-Xique (BA), Crato (CE), Sobral (CE) e Cruz (CE). O início será em Petrolina, que receberá o prólogo e as duas primeiras etapas, em forma de laço, além da largada da maratona rumo a Xique-Xique e a chegada da prova que parte desta cidade baiana. Na sequência, o comboio segue para o Ceará. A primeira parada será em Crato. Depois, Sobral. E, por fim, já no litoral do estado, onde haverá mais uma etapa em laço.

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Sertões
(Divulgação/Divulgação)

Ao final dos 3.800 km, dos quais 2.080 km cronometrados, os corredores terão vencido subidas e descidas de serras, trechos de areia, pedra e terra, com poucas retas, escassos pontos de ultrapassagem e muitas vivências de navegação, abundância de trial e provas especiais.

Como ocorre todos os anos, o Sertões não se resume ao rali. Existe uma série de eventos que acontece paralelamente à prova, entendendo-se por isso, passeios e competições realizadas enquanto o rali ainda está sendo montado, com os organizadores levantando o roteiro, as provas e as parcerias que possibilitam a realização de tudo.

É o caso dos desafios de Mountain Bike: o primeiro foi disputado entre os dias 5 e 7 de maio, em Pirenópolis (GO); e o segundo, de 7 a 9 de julho, em Ibitipoca (MG). Participaram ciclistas de três categorias: Pro, Sport e e-Bike (bicicletas elétricas).

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Depois da bandeirada final do rali, ainda haverá uma outra prova, desta vez de kitesurf, que este ano será na Vila do Preá, na cidade de Cruz (CE), entre os dias 11 e 16 de setembro.

Sertões
Com visual estranho, os UTVs são os veículos que mais chamam atenção por onde passam (Divulgação/Divulgação)

Benfeitorias 

O comboio do Sertões reúne cerca 2.000 pessoas, de acordo com os organizadores, incluindo não só os competidores, mas também mecânicos, pessoal de suporte e voluntários envolvidos nas atividades de caráter social, cultural e ambiental, promovidas nos locais visitados.

Uma dessas atividades é executada pelo grupo SAS (Saúde e Alegria no Sertões), que reúne médicos e estudantes para dar atendimento às populações carentes. Eles viajam em carretas transformadas em consultórios e realizam consultas e exames em diferentes especialidades. Este ano, o foco será em dermatologia (em Petrolina, Xique-Xique e Crato) e doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão (em Cruz).

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De cunho cultural, há concursos de redação e arte para os alunos das escolas locais e de gastronomia, chamado Sabores do Sertões.

Por onde passa, a caravana mobiliza a economia dos lugares, aumentando o movimento em restaurantes, hotéis, mercados e postos de gasolina. E os empreendedores da região ainda podem fazer cursos de capacitação graças a uma parceria do Sertões com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

O público em geral, que não quer competir, mas gosta de acompanhar o rali e ver como tudo acontece de perto, consegue participar ingressando nos grupos organizados para turistas: Expedição e Experience, este para quem tem espírito mais aventureiro. Mais informações podem ser conseguidas no site sertoes.com.br.

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