Omoda e Jaecoo estreiam no Brasil em 2025 com híbrido flex e elétrico
Marca do grupo Chery confirma os primeiros concessionários; primeiros modelos serão o SUV-cupê Omoda 5 e o utilitário Jaecoo 7
Antes prevista para iniciar as vendas no Brasil em agosto, a Omoda|Jaecoo enfim confirma quando irá abrir suas concessionárias e a nova data para o começo das vendas. Os primeiros modelos estarão disponívels a partir do primeiro trimestre de 2025, com a promessa de também começar a produzir nacionalmente no ano que vem.
Apesar do atraso para a abertura das lojas, a empresa segue com a previsão de abrir 50 lojas já para o lançamento no Brasil, em toda as cinco regiões do país, com a meta de vender 30 mil unidades por ano. Entre os concessionários estão os grupos Barigui, Carrera, Amazonas, Sinal, EuroAmérica, Toriba, BDG, Primavia e Parvi. “Serão concessionárias, não pontos em shopping, o que também faz parte da estratégia, mas acreditamos que precisamos das lojas físicas”, explica Felipe Amaral, diretor de vendas da marca.
Criada como uma empresa separada, mas de propriedade da Chery, a Omoda|Jaecoo nasceu como uma marca para o mercado global, em uma operação paralela à da Chery nos países onde a chinesa já participava. A empresa reiterou diversas vezes que continuará trabalhando com seus parceiros locais, como a Caoa. A Chery está investindo R$ 200 milhões somente para branding e operações nacionais.
A produção nacional está prevista para começar em 2025, com a meta de usar o Brasil como uma base de exportação para toda a América do Sul. O local da fábrica ainda não foi revelado e é um tema que vem sido discutido há muito tempo. Em abril, a OJ disse que estava finalizando a negociação com o Grupo Caoa para utilizar a fábrica em Jacareí (SP).
A primeira leva de carros da empresa será composta por três modelos, todos previstos para chegarem juntos no primeiro semestre do próximo ano.
O Omoda 5 fará a estreia das concessionárias, nas versões com motor a combustão e elétrica. Com uma carroceria que combina um SUV com um cupê, será um rival tanto do BYD Song Plus quanto o GWM Haval H6, com preços em uma faixa semelhante.
Produzido com a mesma plataforma T1X usada nos Chery Tiggo 5X e Tiggo 7, o Omoda 5 mede 4,40 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,59 m de altura e 2,63 m de entre-eixos. Como comparação, o Jeep Compass também mede 4,40 m. No entanto, é menor do que os 4,70 m do Song Plus e do Haval H6.
Chegará ao Brasil com uma versão equipada com o motor 1.5 turbo com injeção direta, combinado a um sistema híbrido-leve de 48V. O carro exposto no Festival Interlagos entrega 157 cv, 23,1 kgfm de torque e já está preparado para ser abastecido com etanol. O câmbio é automático CVT.
Já o Omoda 5 EV utiliza um motor de 225 cv e 34,7 kgfm de torque, abastecido por uma bateria de 61 kWh. Os testes na Europa indicam que tem uma autonomia de 430 km, pelo ciclo WLTP. Será lançado simultaneamente à versão a combustão. Além da motorização, a única diferença entre os dois está no visual dianteiro, descartando a grade.
Junto deles, teremos também o Jaecoo 7, um SUV médio posicionado como uma opção acima ao Omoda 5. Desembarcará primeiro na versão com o motor 1.5 híbrida plug-in, de 339 cv e 52 kgfm, prometendo uma autonomia de 1.200 km. A fabricante tem planos para uma opção com motor 1.6 turbo sem eletrificação, ainda em estudos.
Durante o Salão de Pequim (China), executivos disseram à QUATRO RODAS que o preço será menor do que a GWM cobra pelo Haval H6 PHEV34, hoje comercializado por R$ 279 mil. Por ter uma bateria de 18,3 kWh, faria sentido que seja vendido por algo próximo dos R$ 239 mil cobrados pelo H6 PHEV19 lançado recentemente.]
Também confirmado para o Brasil, o Jaecoo 8 estava previsto para o começo do ano, porém acabou adiado. Será posicionado acima do Jaecoo 7, como uma opção maior e com 7 lugares, com uma motorização híbrida plug-in. No futuro, a marca pretende trazer o Omoda 7, uma picape média, e trabalha tanto no Omoda 3, e no Jaecoo 5, que serão os mais acessíveis para cada submarca.