A sétima edição da eleição organizada pela Ward’s Auto escolheu os dez melhores interiores de carros lançados nos últimos doze meses, sem ordem específica, e com ampla faixa de preço, indo desde os modelos de entrada abaixo dos 30 mil dólares até os de altíssimo luxo na casa dos seis dígitos.
O júri analisa o visual, conforto, ergonometria, emprego de materiais, acabamento e construção e facilidade de uso dos eletrônicos. Tudo isso sempre levando em conta a categoria e a proposta do modelo, ou seja: seu custo-benefício.
Confira abaixo a lista em ordem crescente de segmento e preço.
Subaru Impreza
A Subaru nunca foi reconhecida pela excelência de seus interiores – pelo contrário. Mas a nova geração do Impreza deu um salto enorme de qualidade, ganhando elogios pelo desenho e qualidade de construção da cabine, considerados ótimos para um carro de entrada.
A análise nem levou em conta os WRX: os Impreza “normais” já saem de fábrica com um sistema de infotainment de fácil uso, dividido em duas telas (a superior concentra os dados de rodagem), bancos com pegada esportiva e equilíbrio na combinação de materiais.
Honda CR-V
SUV mais vendido nos EUA, o CR-V também ganhou nova geração recentemente. Sua cabine foi considerada “chique, bem construída e funcional”, além de espaçosa. Os instrumentos digitais (semelhantes aos do novo Civic) causaram boa impressão, assim como o controle tátil de volume em forma de meia-lua, do lado esquerdo do volante.
A alavanca de câmbio no painel libera espaço para uma útil combinação de porta-objetos, porta-copos e bandejas retráteis no console central, e o espaço para os passageiros e no porta-malas é abundante, tudo isso sem abrir mão de materiais de boa aparência e impressionante silêncio a bordo.
Mini Countryman
O maior de todos os Mini agradou por motivos lógicos: tem espaço suficiente para o biotipo americano, com amplitude para as pernas (com extensores para as coxas nos bancos da frente) e cabeças.
Os elementos que dão charme e personalidade ao Mini permanecem, como as teclas no estilo aviação. Outros foram aprimorados, como o grande mostrador central, agora ocupado por uma tela de alta resolução. A modularidade do banco traseiro e os auxílios para o transporte de cargas no porta-malas também foram elogiados.
Mazda CX-9
O único modelo de sete lugares da lista cumpre todos os requisitos do segmento: conforto, capacidade de carga (mesmo com os sete assentos ocupados) e versatilidade para longas viagens, com classe acima da média.
O padrão de acabamento e materiais foi considerado muito próximo das marcas de luxo, com bancos de couro em tom marrom, uso sutil de cromados e texturas agradáveis ao toque. O infotaiment rendeu elogios ao head-up-display e aos comandos no console central, considerados de fácil manuseio.
Buick LaCrosse
A tradicional marca de luxo da General Motors foi revigorada nos últimos tempos, e o sedã LaCrosse é a prova disso. Sucesso na China, ele traz um interior limpo e elegante, com acabamento de madeira, couro e alumínio.
Além do requinte (como baqncos com massageadores) e do espaço, o LaCrosse oferece facilidades tanto para o emparelhamento de smartphones quanto para o rebatimento dos bancos traseiros.
Alfa Romeo Giulia
O Giulia é coerente com a proposta de sedã à altura dos BMW Motorsport e Mercedes AMG. A esportividade é latente no volante esportivo e nos bancos com generosos apoios laterais, e o luxo também faz bonito nas inserções de nogueira e construção precisa.
O design italiano agradou, assim como as soluções de infotainment, como a tela central perfeitamente integrada (algo que a Mercedes não faz) e os comandos intuitivos no console central.
Lincoln Continental
A Ford também deu novo impulso à sua divisão de luxo Lincoln. O sedã Continental traz um interior que parece remeter aos anos dourados da indústria automotiva americana, mas com recheio plenamente tecnológico e refinado.
Da iluminação suave ao couro italiano, passando pelos instrumentos configuráveis e espaço interno cavernoso, quase tudo impressionou os jurados. Os bancos dianteiros possuem extensores retráteis e individuais para as coxas (você pode estendê-lo apenas para a perna esquerda, por exemplo), os traseiros são dignos de limusines e o sistema de som premium Revel Ultima foi considerado um dos melhores de todos os tempos.
Maserati Levante
O primeiro SUV da Maserati não se rendeu completamente aos novos tempos. Seu interior não possui amenidades como as telas individuais para os passageiros, mas faz questão de itens viscerais como o volante com pegada esportiva e enormes paddle-shifts.
A combinação de materiais e a qualidade de finalização foram bastante elogiados, com destaque para a textura, acabamento e abundância de couro. Os controles, todos próximos do motorista, também mostram que o Levante dedica boa parte de sua atenção para o motorista. E o ronco do V6 biturbo de origem Ferrari foi considerado a melhor trilha sonora da lista.
Lexus LC 500
Poucos interiores são tão ricos em detalhes quanto o do cupê esportivo Lexus LC 500. Repare na foto acima as texturas curvilíneas das portas, o formato incomum do console central e a elegância dos comandos – como as hastes extras que ficam nas laterais do painel de instrumentos.
A vivacidade de cores e a qualidade do acabamento são de tirar o fôlego, com direito a Alcantara no teto e peças de fibra de carbono quase imperceptíveis, como se fossem pequenos tesouros a serem descobertos pelos ocupantes.
Bentley Bentayga
Assim como a Maserati, a Bentley estreou no segmento de SUVs de luxo com o Bentayga. O interior todo feito à mão é deslumbrante, independente das inúmeras combinações de materiais e cores que o cliente escolher – segundo a Ward’s, o couro é tão macio e suave que não dá para tirar as mãos dele!
O design também foi elogiado, equilibrando tradição e modernidade, com sistema de infotainment para todos os passageiros e verdadeiras poltronas repletas de controles na fileira traseira. Por fim, há um porta-malas amplo e luxuoso, com compartimentos específicos para objetos como tacos de golfe.