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Padronização das placas de veículos no Mercosul é discutida por audiência pública

Iniciativa atingirá uma frota de 110 milhões de automóveis e facilitará circulação e fiscalização nas fronteiras

Por Anaís Motta
Atualizado em 25 mar 2024, 10h57 - Publicado em 3 dez 2015, 16h00
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    A comissão especial que avalia a mudança do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) realiza hoje uma audiência pública para debater as novas placas de identificação dos veículos de acordo com o padrão Mercosul. Segundo o deputado Sérgio Brito (PSD-BA), que propôs a audiência, os parlamentares precisam entender os requisitos técnicos necessários, seu impacto na redução dos crimes associados às clonagens e adulterações dos carros e identificar pontos de melhoria no CTB.

    A medida, chamada de Resolução Mercosul, foi aprovada em 15 de dezembro de 2010 com o objetivo de unificar os modelos de placas dos países-membros da organização (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela). A iniciativa deve atingir uma frota de 110 milhões de veículos e vai facilitar a circulação e a segurança entre as nações do bloco, além de assegurar a existência de um banco de dados conjunto.

    O que muda?

    A maior alteração será na inscrição principal. Isso não afetará os calendários de licenciamento ou os rodízios, normalmente definidos pelo fim da placa, que continuará sendo numérico. As novas placas também vão carregar o brasão da cidade em que o veículo foi emplacado, além das bandeiras do estado e do país.

    O fundo continuará branco, mas agora leva uma faixa azul no topo, como explica a matéria da revista Mundo Estranho. A cor das letras e dos números muda: preta para veículos comuns, verde para os em teste, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais e dourada para os diplomáticos.

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    Números e letras

    Esqueça as três letras e os quatro números que temos nas placas dos carros atualmente. A nova placa vai inverter essa proporção e terá quatro letras e três números, que poderão ficar em qualquer ordem – com exceção do último caractere, que deve ser sempre numérico. No modelo atual, existem 175 milhões de combinações possíveis; no novo, serão mais de 450 milhões.

    Além disso, não haverá mais um padrão de letras correspondente a um estado ou ao país. Hoje, é possível saber de onde vem um carro apenas pelo início da placa – São Paulo, por exemplo, costuma ter veículos emplacados de C a H – mas isso acabará com as novas placas.

    Segurança

    Muitas medidas de segurança e novidades tecnológicas foram adicionadas a nova placa para inibir falsificações e facilitar a fiscalização nas fronteiras. Além da marca d’água do Mercosul que se repetirá por toda a placa, haverá também uma faixa holográfica semelhante à das notas de R$ 20,00 e um QR code com dados do fabricante, data de produção e número de série da placa.

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