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Petrobras diz que não vai aumentar o preço da gasolina e do diesel

Os últimos ajustes sobre os combustíveis foram feitas em Outubro para a gasolina e em Dezembro para o diesel

Por Rafael Sommadossi
21 abr 2024, 10h00
Posto combustível gasolina álcool diesel petrobras (4)
Combustível adequado é baita ajuda para a longevidade do carro (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou durante o evento “O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore”, no Centro do Rio de Janeiro, que não há planos para a Petrobras aumentar os preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo. 

Em sua declaração, Prates ressaltou que a empresa está avaliando as condições de mercado e monitorando o cenário internacional, e que, por enquanto, não há justificativa para um reajuste nos preços.

“Nós estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado [aumento de preços para as próximas semanas]. Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso”, afirma Prates.

Essa afirmação leva em consideração o preço do petróleo Brent, utilizado como referência internacional, que fechou a última semana em queda de 3,5%, a US$ 87,29. No último dia 12, esse valor ultrapassou os US$ 90.

Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional, enquanto no caso do diesel, a diferença é de 10%.

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A última alteração nos preços realizada pela Petrobras ocorreu em outubro de 2023 para a gasolina e em dezembro para o diesel, quando houve reduções nas refinarias. No entanto, esses comentários de Prates vêm em um momento de crise na estatal, após críticas feitas pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, participa de evento sobre o setor naval, no Centro do Rio de Janeiro.
(Bruno Rosa/Reprodução)

Silveira afirmou que o impacto do conflito no Oriente Médio deve ser nulo sobre os combustíveis no Brasil. Essa declaração acontece em meio aos rumores de uma possível troca no comando da Petrobras, após a crise se estender ao Conselho de Administração da empresa.

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Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região derrubou uma decisão da primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Esse movimento foi seguido por um recurso da Advocacia-Geral da União.

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Questionado sobre o clima na empresa, Prates afirmou que tem uma agenda constante em Brasília, onde mantém contatos com autoridades. Sobre a próxima reunião do Conselho de Administração, Prates negou que o tema da distribuição de dividendos extras esteja na pauta, destacando que a decisão será tomada após orientação do governo.

“A diretoria já tomou sua decisão. Fizemos a proposta, que está tecnicamente respaldada (de distribuir metade dos recursos). O governo vai orientar os membros do Conselho de Administração. Não está na pauta da próxima reunião do Conselho. Provavelmente, o tema pode ser decidido durante a assembleia geral de acionistas no dia 25 de abril ou depois da assembleia”, conclui Prates.

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