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Placa Mercosul: emplacar carro está diferente e mais caro. Veja o que muda

Processo agora é feito diretamente com a emplacadora, mas empresas de SP estão cobrando até 55% a mais do que o sugerido pelo Detran

Por Renan Bandeira
Atualizado em 9 out 2020, 22h47 - Publicado em 28 Maio 2020, 07h00
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  • placa mercosul
    O processo de emplacamento também é novo (Divulgação/Internet)

    As placas com padrão Mercosul tornaram-se obrigatórias no Brasil no início deste ano. Todos os veículos novos, os que mudam de categoria ou os que precisam ter a placa substituída por dano, furto ou extravio deverão aderir ao novo formato.

    QUATRO RODAS entrou em contato com as estampadoras licenciadas pelo Detran de São Paulo, estado com a maior frota do país, para saber qual o custo da placa Mercosul, para motos e carros, e descobriu que as empresas não estão praticando os preços sugeridos.

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    O Detran-SP divulga para fornecedores e consumidores que “os valores máximos finais” para implantação sejam de R$ 138,24 para carros (e outros veículos que usam duas placas) e de R$ 114,86 para motocicletas (e outros veículos que usam apenas uma placa). Os desvios maiores ocorrem com os preços das placas duplas.

    Encontramos quatro estampadoras que vendem as placas duplas a preços em média 53% mais caros. Em duas empresas, as placas custavam R$ 215. Ou seja: 55,5% acima da tabela do Detran-SP.

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    Outra oferecia as peças a R$ 210 (diferença de 52%). E a mais barateira cobrava R$ 205 (acréscimo de 48,4%). No que diz respeito às placas únicas, descobrimos um fato curioso. Uma das empresas consultadas cobrava R$ 120. Ou seja: 4,47% de sobrepreço. Mas outra ofereceu a placa com desconto de 4,23%, por R$ 110.

    Emplacamento

    Além da placa, o processo de emplacamento também é novo. Antes, o proprietário pagava taxa ao Detran de seu estado, que emitia o Certificado de Registro do Veículo (CRV) e autorizava a confecção da placa. O departamento informava o município em que o carro seria emplacado e o dono do veículo ia até o posto de lacração.

    Lá, a empresa credenciada conferia a existência da ordem de emplacamento e registrava no sistema do Detran o código de barras da placa e a numeração do lacre. A placa era instalada e a empresa confirmava a conclusão do procedimento.

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    Agora, após o CRV ser emitido, o Detran informa o Denatran que a placa pode ser estampada.

    O cidadão vai até uma empresa credenciada – disponível no site do Detran – com o registro do veículo e o código de autorização de estampagem (AE). A empresa confere se esse código está autorizado, vincula o QR Code da placa ao veículo e conclui a instalação.

    O solicitante realiza o pagamento das taxas diretamente com as empresas credenciadas. O Detran não realiza mais a intermediação entre o dono do veículo e a emplacadora.

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