Pneus do Challenger Demon levam Dodge recorrer ao “jeitinho”
Medidas largas da versão mais bestial do cupê são grandes demais para a linha de montagem. Para não investir na fábrica, marca contorna o problema
![Repare nos pneus dianteiros mais finos e leves: com eles, o Demon arranca mais rápido](https://preprod.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/04/dg018_138clk088bg2o992nvdqb704m4tbhuv.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Você já deve ter ouvido causo de quem comprou uma geladeira ou móvel grande e só descobrir que o objeto não passa pela porta de casa quando o caminhão da loja chega.
Aconteceu algo parecido na fábrica do Dodge Challenger, nos Estados Unidos.
Lá a FCA produz, além das versões “normais” do esportivo, a Widebody e Demon. Em comum, a dupla tem os pneus traseiros mais largos que o de outros modelos, com 30,5 cm e 31,5 cm de largura, respectivamente.
O problema é que a linha de montagem do Challenger foi feita para comportar, no máximo, os pneus de 27,5 cm do Hellcat. A solução foi brasileiramente simples: colocar pneus de uma versão na fábrica, e depois trocá-los em outra oficina.
![](https://preprod.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/allpar.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
As rodas temporárias são pintadas de azul para não haver qualquer chance do carro chegar às mãos do consumidor com os pneus errados.
Apesar de parecer complicado, a ideia se justifica pelos custos. Seria muito mais caro adaptar a linha de montagem para atender a apenas duas versões.
E já teve dono de Hellcat e Widebody que pediu à Dodge para comprar um desses exóticos jogo de pneus menores para deixar na garagem.
A fabricante, no entanto, não venderá esses aros, até por ter pouco deles: por causa da baixa quantidade, assim que as rodas azuis são removidas de um carro, voltam para a linha de montagem para equipar temporariamente outro Challenger.