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Por que a Argentina terá novo Peugeot 208 com motores 1.2 e o Brasil não

Fabricante francesa quer nova geração do compacto com posicionamento mais premium, mas motor turbo poderia deixá-lo caro demais

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 ago 2020, 17h01 - Publicado em 4 ago 2020, 07h00
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  • Novo-Peugeot-208-1.6-2021-11
    (Murilo Góes/Quatro Rodas)

    A Peugeot prepara para breve o lançamento da nova geração do 208 no Brasil (confira as primeiras impressões). Mas desta vez o compacto será vendido por aqui apenas em versões com motor 1.6 de 118 cv ou com um elétrico de 136 cv.

    Quer dizer que a fabricante francesa abriu mão de usar o motor três-cilindros 1.2 PureTech tanto na versão turbo com injeção direta de 130 cv, presente na Europa, quanto na versão aspirada, de 90 cv, usada no Brasil desde 2016. E há motivos para isso.

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    No caso do 1.2 turbo o problema é custo. Os três-cilindros PureTech são fabricados na Europa e na China, e versão turbo e injeção direta é especialmente cara para ser importada em tempos de Real tão desvalorizado.

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    Novo Peugeot 208 1.6 2021 (14)
    (Murilo Góes/Quatro Rodas)

    A solução seria a produção local, ou no Brasil (que produz o 1.6) ou na Argentina (onde o novo 208 é produzido). Mas é algo que a PSA ainda avalia fazer futuramente.

    Não vender versão com motor 1.2 aspirado, porém, é uma questão estratégica da PSA (dona de Peugeot e Citroën) apenas para o Brasil.

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    Versão de entrada Like chegou a ser testada no Brasil, mas não será vendida por aqui (Autos Segredos/Quatro Rodas)
    Na Argentina, o novo 208 terá a versão de entrada Like com motor 1.2 aspirado e, a partir do início de 2021, a versão topo de linha GT Line, recém-confirmada. Esta será importada da França, sempre com motor 1.2 turbo e câmbio automático de seis marchas. Contudo, a versão elétrica não será vendida por lá.

    Sem canibalização

    A empresa decidiu que, pelo menos no Brasil, Peugeot e Citroën terão produtos complementares sempre que possível.

    A exceção, por enquanto, diz respeito aos SUVs compactos Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus. Hoje o Cactus tem mais equipamentos e é mais caro, mas o 2008 logo terá nova geração no Brasil e será posicionado acima dele.

    Peugeot 2008 nova geração
    Na Europa, novo 2008 usa três calibrações do motor 1.2 turbo a gasolina (Divulgação/Peugeot)

    Se a Peugeot explora o segmento de SUVs médios com 3008 e 5008, abriu mão de vender os médios 308 e 408 no Brasil, e deu espaço para o sedã Citroën C4 Lounge.

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    No outro extremo da gama, o novo Peugeot 208 terá posicionamento de compacto premium, sempre com motor 1.6 e câmbio automático (por sinal, 2008 e C4 Cactus também não têm opção manual). Isso também explica a ausência de versões com rodas de aço e calotas, e sem luzes diurnas de leds.

    Motor Novas tecnologias
    Motor PSA 1.2 de 3 cilindros (Otavio Silveira/Quatro Rodas)

    Já o Citroën C3 seguirá à venda como carro de entrada do grupo PSA. E é justamente o C3 Attraction (R$ 59.690) o único com motor 1.2 aspirado atualmente – o Attraction 1.6 (R$ 68.690) também é automático. Mas apenas por enquanto.

    A lógica de complementaridade seguirá mesmo quando a Citroën apresentar sua nova família de compactos, que será produzida no Brasil. Ela será baseada na mesma plataforma CMP do novo 208, mas em versão simplificada.

    Recentemente a PSA anunciou que já produz a plataforma CMP em Porto Real (RJ). Mas o que será feito sobre ela exatamente ainda não foi confirmado pela fabricante.

    plataforma cmp
    A plataforma modular CMP é a nova base para compactos de Peugeot, Citroën e Opel (PSA/Divulgação)

    QUATRO RODAS entende que são três os carros da Citroën. Um seria um novo hatch, possivelmente uma nova geração do C3; o segundo, um sedã compacto derivado do C3 para encarar VW Virtus e Chevrolet Onix Plus; o terceiro, um hatch altinho com pinta de SUV para o lugar do Aircross – que segue à venda, diga-se.

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    O lançamento deles está previsto para acontecer ao longo de 2021 e 2022. Eles serão produzidos e vendidos em outros países em desenvolvimento, como a Índia.

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