Por R$ 59.990, Chery Tiggo 2 tem visual e bons equipamentos
Agora fabricado no Brasil e com a força da Caoa, SUV compacto tem preço atraente, mas falta câmbio automático
Dois anos após sua apresentação no Brasil, durante o Salão do Automóvel de 2016, o Chery Tiggo 2 finalmente estreia no mercado. Fabricado em Jacareí (SP), ele chega em duas versões, Look e ACT, com preços a partir de R$ 59.990.
A marca de origem chinesa, há quase nove anos no país, recentemente teve sua operação brasileira adquirida pelo grupo Caoa, o mesmo que deu início ao sucesso da Hyundai por aqui.
A promessa é de que a rede de 21 lojas atuais da Chery seja dobrada já em 2018, oferecendo um pós-venda no mesmo padrão das concessionárias do grupo.
A primeira impressão do Tiggo 2 é positiva. O visual agrada justamente por conter os excessos de recortes e cromados que afetam alguns carros chineses. Há faróis projetores, lanternas e luzes diurnas com leds, vincos laterais discretos e colunas e teto pintados de preto.
Medindo 4,2 metros, ele é 7 cm menor que o Hyundai Creta, ou seja: seu porte é intermediário entre o dos hatches aventureiros e os SUVs compactos. Mas o porta-malas é grande: 420 litros.
Por dentro, o acabamento ainda peca, com materiais de aspectos frágeis, imitação de fibra de carbono e um painel de instrumentos que remete ao antigo Chevrolet Agile.
Mas o pacote de equipamentos, como sempre, vem recheado. A versão básica Look (R$ 59.990) tem freios a disco nas quatro rodas, monitor de pressão dos pneus, ajuste elétrico dos faróis, banco traseiro bipartido com três encostos de cabeça, cintos de três pontos para todos, Isofix, sensor de ré e luz de neblina traseira.
A versão ACT (R$ 66.490) adiciona piloto automático, ESP, assistente de partida em rampas, câmera de ré, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay e teto solar.
O motor 1.5 flex 16V com 115 / 110 cv e 14,9 / 13,8 mkgf é o mesmo do Celer, mas com comandos de válvulas variáveis. O problema está no câmbio: por enquanto, só manual de cinco marchas – mas a marca diz que um automático chega ainda em 2018.
Pelo padrão Inmetro, o consumo com gasolina divulgado é de 12,34 km/l na estrada e 10,94 km/l na cidade.
Mesmo na versão mais cara, o Tiggo ainda está bem abaixo da faixa de preço de Ecosport e 2008. O Renault Duster Expression 1.6 com câmbio manual custa R$ 69.990, tem mais espaço, mas traz só o essencial (ar, direção e vidros elétricos).
Concorrente direto mesmo será o Citroën Aircross. A versão Live 1.6 com câmbio manual é tabelada em R$ 62.990, valor que pula para R$ 66.990 se o cliente quiser câmbio automático.
E há, por fim, um rival chinês: o JAC T40, com preços que vão de R$ 57.990 a R$ 60.990. Assim como o Tiggo, o T40 evoluiu bastante e vem bem equipado. Também não oferece câmbio automático, um pecado mortal no segmento – mas a JAC promete lançar o automático nas próximas semanas.
Para conferir nossas primeiras Impressões ao Dirigir com o Tiggo 2, clique aqui.