Com estreia marcada para meados de 2018, a primeira picape da Mercedes-Benz teve seus primeiros detalhes revelados durante um evento privado e divulgados pela imprensa australiana. Desenvolvida em parceria com a aliança Renault-Nissan, a picape (que tem grandes chances de se chamar Classe X, considerado pela marca como um nome forte) será baseada nas novas gerações das picapes Frontier e Alaskan, sendo assim fabricada em Barcelona, na Espanha. O modelo será vendido em países da Europa, África do Sul, Oceania e América Latina – que deve incluir o Brasil.
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Apesar do desenvolvimento mútuo com a aliança entre Renault e Nissan, a Mercedes faz questão de destacar que as semelhanças da picape alemã com as “irmãs” serão mínimas e bem distantes, resumindo-se apenas ao uso da mesma plataforma. A própria fabricante aponta ainda que a opção pela parceria se deu por questões de menores custos de produção e, consequentemente, de vendas. Na Austrália, o modelo deverá ter preços entre 55 mil e 80 mil dólares australianos (R$ 157 mil e R$ 229 mil respectivamente em conversão direta).
Serão três versões diferentes para a Classe X, sendo todas equipadas com motores a diesel de quatro ou seis cilindros e cabine dupla. A configuração de entrada será claramente voltada ao trabalho: terá para-choques sem pintura, rodas de ferro e acabamento de menor qualidade. Assim como na versão seguinte, o motor será um 2.3 turbodiesel de aproximados 190 cv de potência e 45,9 mkgf de torque, enquanto a tração terá a opção 4×4, sendo traseira quando o seletor estiver em 4×2. Sobre a versão intermediária, além das especificações já ditas, esta terá melhor nível de acabamento e equipamentos, focando no potencial de versão mais vendida da gama.
No topo da linha, a configuração mais equipada terá visual mais refinado – com opção de personalização com um pacote visual AMG, que adicionará para-choques e rodas de apelo esportivo. O modelo apostará em visores digitais de alta definição e câmeras de visão 360°. O conjunto mecânico será formado por um motor seis cilindros de aproximadamente 260 cv de potência e 56,1 mkgf de torque, além da tração 4×4 em tempo integral. Curiosamente, apesar do pacote visual esportivo, a picape não terá uma variante AMG de mudanças mecânicas para desempenho mais apimentado. Para David McCarthy, gerente de relações públicas da Mercedes na Austrália, a engenharia da divisão AMG está focada em automóveis e SUVs, o que não inclui a picape.