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Primeiro ‘carro voador’ elétrico sem piloto é apresentado no Brasil

O eVTOL foi revelado para investidores em São Paulo, mas ainda não foi certificado pela ANAC: por enquanto, só pode voar na China

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 27 dez 2023, 15h30
EH216-S ainda não está liberado para voos de passageiros (EHang/Divulgação)
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Apresentado para investidores em São Paulo, SP, neste mês, o EH216-S é o primeiro eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, na sigla em inglês) autônomo a ser trazido para o Brasil. Conhecido popularmente como “carro voador”, o veículo tem previsão de lançamento para 2024, mas ainda falta a certificação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Por enquanto, a permissão de voo comercial está valendo apenas para a China, país em que a aeronave foi criada.

Construído pela EHang, companhia chinesa que é representada no Brasil pela AT Global, o EH216-S será vendido pela Gohobby no nosso país. A empresa tem tradição na venda de drones para vários tipos de utilização. Ainda não há previsão de preço. A fabricante prevê vários tipos de utilização: voos de passageiros, logística, turismo e até socorro médico. 

O eVTOL é movido por 16 motores a hélice elétricos e pode chegar aos 130 km/h. Por meio de redes 4G e 5G, os dados de voo são medidos em tempo real. Sendo indicado para voos curtos e de baixa altitude, o EH216-S tem autonomia de 30 km e suas 12 baterias podem ser recarregadas em duas horas. O uso de várias células de energia garante mais segurança de voo em caso de falha de uma ou mais delas. O processo de carregamento não é diferente do exigido por um veículo elétrico terrestre. 

eVTOL EHang EH216-S
O eVTOL tem largura superior a cinco metros, mas suas extremidades podem ser dobradas (EHang/Divulgação)

Uma central de controle de voo é necessária para a operação, podendo intervir também em casos de emergência, situações nas quais um controlador pode interferir no voo automático e procurar o lugar mais próximo para um pouso. O EH216-S também pode ser controlado remotamente como se fosse um drone gigante.

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Como não há piloto, os dois assentos são usados por passageiros. O peso máximo de decolagem não é elevado, estamos falando de 620 kg, o que não daria para um terceiro ocupante adulto. A fuselagem e alguns outros componentes são feitos de material composto, solução que assegura leveza e resistência. 

eVTOL EH216-SD
O cockpit tem espaço para apenas duas pessoas e bancos inspirados na Fórmula 1 (EHang/Divulgação)

Acessado por meio de duas portas do tipo “asa de gaivota”, o cockpit tem dois tablets de 9,7 polegadas com telas sensíveis ao toque. Eles exibem informações do voo, navegação por satélite e mídia. Você não precisará voar ouvindo apenas o zumbido persistente dos motores elétricos. Os bancos são revestidos em couro e, segundo a fabricante, o design deles é inspirado nos assentos de Fórmula 1. O compartimento de bagagens permite levar uma mala de até 45 centímetros. 

Por sua vez, o porte é maior do que um carro em largura, medida que chega a 5,73 metros. Para facilitar o manejo e armazenamento em solo, os braços das hélices podem ser dobrados, o que faz com que o EH216-S ocupe uma área de apenas cinco metros quadrados. A altura é de uma picape grande: 1,93 m. Menor do que um helicóptero, o eVTOL pode concorrer com seus pares de asa rotativa e motorização convencional em voos de curtíssima distância, com ruído menor e custo de operação igualmente inferior. A questão agora é a certificação e o preço.

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