Qiantu K50: você teria um esportivo elétrico chinês que anda como Golf R?
Com 435 cv, esportivo tem design chamativo e cabine moderna, mas traz as velhas limitações de um carro elétrico. A maior delas é o preço
A China tem apenas um representante nesta edição do Salão de Nova York. É o Qiantu K50, um esportivo 100% elétrico de 435 cv, levado ao evento pela Mullen Technologies, empresa californiana que pretende vender o modelo nos Estados Unidos.
É um carro vistoso, apesar de pequeno. A frente baixa quase esconde os faróis estreitos e o teto preto se integra ao vidro traseiro, que por sua vez tem suas linhas acompanhadas pelo discreto aerofólio traseiro.
O interior traz revestimento de qualidade. Portas e painel são formados por partes de alcantara e couro, mas a faixa central do painel é de plástico brilhante.
É nele que se apoia a tela de aproximadamente 16 polegadas que comanda funções do carro, multimídia e do sistema de ar-condicionado alimentado por células solares instaladas no teto.
O Qiantu K50 usa o chassi de alumínio e os painéis de fibra de carbono da carroceria para driblar o esperado ganho de peso proporcionado pelas baterias.
No caso dele, o conjunto instalado no túnel central e atrás dos assentos (justamente onde iria um motor central) somam 78 kWh e garante autonomia de 380 km em ciclo NEDC.
Dois motores movem o esportivo chinês, sendo que cada um é responsável por um eixo.
Há três modos de funcionamento: adaptativo, sport e boost. Além disso, há um diferencial eletrônico por eixo que ajuda a distribuir o torque entre as rodas em curvas sem que o K50 perca aderência.
O desempenho não é tão surpreendente: ok, ele vai de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos, apenas 0,1 s menos do que um VW Golf R 4Motion. Só que a velocidade máxima é eletronicamente limitada a 200 km/h.
A Qiantu faz questão de ressaltar que é cliente de duas empresas italianas. O sistema de freios com pinças de seis pistões são da Brembo, enquanto os pneus são os Pirelli P-Zero, conhecido por ser usado nos mais diversos esportivos ocidentais.
A Mullen diz que ainda avalia o que precisará ser mudado no K50 para que ele se enquadre na legislação norte-americana, mas espera iniciar as vendas no segundo semestre de 2020.
Não há estimativa de preços, mas na China ele custa 754.300 yuan sem subsídios, algo como R$ 440 mil.