A notícia bombástica do encerramento das atividades da Ford nas fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) já vem levantando questões sobre o futuro dessas instalações, que ficarão desocupadas com a saída da Ford. E, ao que tudo indica, já tem fabricante de olho nas fábricas.
Segundo a CNN Business, quatro marcas chinesas já teriam demonstrado interesse em ocupar alguma das duas fábricas desativadas. Great Wall, Changan, Geely e GAC podem finalmente se instalar no Brasil usando a estrutura já erguida pela Ford.
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A Great Wall ensaia uma vinda ao país há anos, tendo chegado a anunciar o lançamento de modelos por aqui, ainda importados da China. A Geely teve uma breve passagem por aqui, trazida pelo grupo Gandini, da Kia. A Changan estava prevista para ocupar a fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que acabou tomando outros rumos. A GAC corre por fora, e poderá também chegar ao país pela primeira vez.
Também segundo a CNN, alguma dessas montadoras poderá ser representada pelo grupo Caoa, que também produz modelos da Hyundai e Caoa Chery por aqui em fabricas localizadas em Goiás e São Paulo.
A fabricante que quiser usar o espaço terá que comprar todas as instalações da Ford, que não terá mais participação nem em Camaçari, nem em Taubaté. Ainda assim, a compra sairá mais barato do que construir fábricas do zero.
A ida de alguma fabricante para as instalações poderá ser a salvação para a cadeia produtiva já instalada nas regiões. Taubaté e Camaçari têm todo um parque industrial que forneciam peças à Ford, e agora totalmente comprometidos com a saída da montadora.
As administrações públicas locais já estão correndo para achar uma solução e evitar ainda mais demissões com o potencial fechamento de fábricas de fornecedoras.
A mais provável de ser ocupada logo é a fábrica de Camaçari, na Bahia. Mais moderna, ela era totalmente focada na produção de veículos de passeio, de onde saíam Ka e EcoSport, enquanto Taubaté produzia motores e transmissões.
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