Março de 2020 será o mês de lançamento da segunda geração (ou seria reestilização profunda?) do Renault Duster no Brasil. Com três anos de atraso em relação à Europa, o SUV compacto enfim será atualizado.
A espera é longa e incorpora algum grau de ansiedade, especialmente por quem aguarda a chegada do aclamado motor 1.3 turbo de injeção direta, desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz.
Ele já é usado pelo Classe A Sedan no país, sob o nome M282, e rende 163 cv de potência e 25,5 mkgf de torque. Na especificação que empurra o Dacia Duster na Europa, de alcunha TCe, gera 150 cv e mesmo torque.
Já os nossos Renault nacionais devem ganhar uma derivação flex, que vem sendo preparada pelo time local de engenharia há alguns bons meses, sustentando a potência na casa de 150 cv. Esta é a boa notícia.
A má é que o novo Duster não será o modelo a estrear a usina nacionalmente. Pelo menos não em 2020.
QUATRO RODAS apurou que, embora tenha havido forte pressão interna, a fabricante francesa já teria decidido não lançar o Duster 1.3 TCe flex no ano que vem. A chegada deve ficar para 21.
Na verdade, parte do corpo diretivo da companhia defende que a estreia seja promovida não pelo Duster, mas sim pela nova geração do Captur, também em 2021 – conforme adiantado em primeira mão por QUATRO RODAS.
Com alinhamento maior em relação ao homônimo europeu e pegada mais premium, o Captur 1.3 TCe poderá se distanciar do Duster em relação a posicionamento de mercado (e preço).
Isso significa que o Duster turbo não apenas virá atrasado: a sua existência como modelo de produção, no geral, tornou-se uma grande incógnita.
É possível que seja mantida na gama apenas a configuração 1.6 SCe, quatro-cilindros naturalmente aspirada também flexível de 120 cv, para posicionar de maneira clara o Duster como SUV de entrada da Renault no Brasil.