Se depender de Marchionne, Ferrari nunca terá modelos elétricos ou autônomos
CEO do grupo FCA reiterou que foco é nos esportivos com motores a combustão

Sergio Marchionne, CEO do grupo FCA e chairman da Ferrari, não tem mesmo pretensões de contar com modelos de propulsão elétrica ou veículos de condução autônoma na marca. Exatamente um mês depois de ser questionado sobre a possibilidade de produção de modelos SUV, algo já descartado pelo executivo, o manda-chuva foi perguntado dessa vez sobre qual era a chance de sair da linha de produção da Ferrari esportivos elétricos ou autônomos. “Precisarão atirar em mim primeiro”, repetindo pela segunda vez o jargão.
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Em relação aos elétricos, Marchionne bate o pé e diz que, se depender dele, uma Ferrari com propulsão elétrica simplesmente não vai existir, pois se trata de “um conceito obsceno”. Além disso, segundo ele, os modelos de torque instantâneo não proporcionam o mesmo prazer aos ouvidos como os motores a combustão. O italiano afirma isso após uma experiência com um Tesla Model S, quando diz ter ficado bem incomodado com a extrema “tranquilidade” do carro.
Se mantiver a identidade “purista”, os entusiastas agradecem. Dada a posição de Marchionne, a Ferrari não parece que irá dar o braço a torcer tão cedo à onda dos veículos elétricos e com tecnologia autônoma – ao contrário da McLaren, que já investe no que parece ser um futuro sem escapatória para o mundo automotivo – nem SUVs – coisa que já garante boa parte do faturamento da Porsche.